
Foi assim em 2008, na edição do centenário. Os credenciados para consumar a zebra foram os representantes do Águia de Marabá. E os campeões não foram eles, é claro. Com um empate na partida de ida da final por 1-1 e uma vitória por 2-1 na volta, disputada no último domingo, o Remo comemorou pela segunda temporada consecutiva, atingiu 42 títulos na história e voltou a igualar o seu palmarés estadual ao do Paysandu – atrás deles, vêm a Tuna com 10 conquistas e a União com as suas duas; o total é de somente 96 edições porque em 1909, 1911, 1912, 1935 e 1946 não houve campeonato.
O Águia fez o melhor que se esperava dele. Acabar com um vice é o mais alto que um de fora de Belém pôde chegar, até hoje, no Paraense. Tem sido assim há cem anos. Durará outro século a falta de campeões para o interior daquele Estado?
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No início do mês passado, revisávamos as disputas estaduais ainda em andamento pelo Brasil. Hoje, começando julho, praticamente todas elas estão encerradas. Abaixo, as definições de junho e os três campeonatos que ainda não encontraram um fim:



Amapá: as semifinais, em jogo único, estão sendo disputadas por estes dias. Ontem, o Cristal passou à decisão aplicando 1-0 no Trem; hoje, São José e Mazagão fazem a outra partida para determinar o finalista, e a equipe com nome de santo joga pelo empate graças à melhor campanha na fase anterior. Sobre os três grandes decadentes, um pouco de dignidade: o Ypiranga terminou em 5º lugar, empatado em pontos com o próprio Cristal, mas perdedor nos critérios de desempate, o Amapá acabou em 7º, um ponto atrás da zona de classificação e o Macapá, embora tenha finalizado no 9º e penúltimo lugar, foi honroso ao, depois de ser lanterna no campeonato inteiro, chegar à última rodada dependendo apenas de suas forças para passar de fase – acabou derrotado pelo Mazagão nesse confronto direto, ficando a dois pontos da vaga.
Maranhão: os dez times jogam em dois turnos, com uma primeira fase em liga, classificando os quatro melhores às semifinais e depois à final do turno, de onde sairá um campeão para jogar a decisão de fato pelo título de verdade. Isso no futuro, pois, por ora, o Primeiro Turno nem está concluído: das nove rodadas que devem ser disputadas, há equipes com sete ou oito jogos realizados. Invicto, 17 pontos em 7 partidas, o líder Moto Club é o único plenamente garantido na próxima fase. Bacabal (15 pontos em 8 jogos), Sampaio Corrêa (15 em 8), Maranhão (13 em 8) e Imperatriz (10 em 7) são os quatro mais sérios concorrentes às três vagas restantes nas semifinais.
Mato Grosso do Sul: pois quem diria que o Águia Negra, então com a melhor campanha da segunda fase naquele início de junho, acabaria fora do quadrangular final? No fim das contas, por culpa do saldo de gols, o time ficou em quinto lugar na tabela geral daquela etapa, e agora apenas assiste aos outros sobreviventes se digladiarem pelo troféu. No momento, o quadrangular do título teve três das seis rodadas disputadas, e o equilíbrio predomina: o Ivinhema é líder (6 pontos), acompanhado por Misto (4 pontos, saldo 0), Costa Rica (4 pontos, saldo -1) e CENE (2 pontos).
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