sábado, 28 de abril de 2007

O maior clássico da América

Nacional e Peñarol disputam o clássico do futebol uruguaio neste domingo, no imponente estádio Centenário. Um clássico de muita história. E de muita força, já que oito Copas Libertadores e seis Mundiais estão em jogo, além de inúmeros títulos a nível nacional.

Talvez, mais que um clássico, como em Glasgow. Em jogo há mais do que futebol, felizmente ou não. A rivalidade é a mais antiga da América Latina, se considerarmos a fundação do Peñarol em 1891, com o nome de CURCC, e não em 1913, quando começou a ser chamado pelo nome atual.
Apesar da crise que o futebol uruguaio vive a anos os dois clubes seguem liderando o ranking de pontos da Copa Libertadores, com o Peñarol em primeiro, seguido do rival Nacional.

A semelhança com o clássico Celtic x Rangers, de Glasgow, tem razões e princípios éticos e sociais, além do fanatismo comum tanto em Montevidéo como na capital escocesa. Muitos torcedores de Nacional e Peñarol têm visão e sentimentos opostos, quanto a religião, imigração, conservadorismo e elitização.

O conservadorismo do Nacional se remete a própria fundação. Criado por ''criollos'' (nativos, uruguaios 'puros') em uma época em que a grande maioria da população do país era de origem espanhola, o tricolor Nacional sempre teve dificuldade para aceitar os imigrantes de outra origem, principalmente italianos, que logo sentiram-se atraídos pela receptividade do Peñarol.

Os imigrantes europeus que chegaram no Uruguai no Século XX eram, em grande maioria, cristãos, e ao se deparar com a maioria protestante que fazia parte do Nacional sentiram mais uma dificuldade de aproximação no clube tricolor de Montevidéo. Já a margem da sociedade por estas duas questões, o dinheiro também afastou os imigrantes do Nacional.

Os uruguaios que fundaram o clube que desde então vinham mantendo nos mesmo princípios não propagaram a paixão pelo clube entre as classes de menos poder financeiro, servindo, de vez então, o Peñarol como alternativa para a paixão futebolísitica destes imigrantes. A exceção se deveu aos espanhóis que enxergaram o Nacional como um clube de suas origens, facilitando a aceitação pelas duas partes.

Os anos passaram, a rivalidade só aumentou. E os opostos seguem no destino desses dois gigantes do sul da América. O Peñarol, luta para conquistar o campeonato nacional, mas não participa a anos da Copa Libertadores, principal competição sul-americana. O Nacional já não tem mais chances na competição local, mas briga ferrenhamente pelo seu quarto título da Libertadores, onde enfrenta o Necaxa do México nas oitavas-de-final.

Se o Nacional já não tem como ganhar o campeonato uruguaio o clássico de amanhã vale apenas para o Peñarol? Quem tem a mínima noção da força da rivalidade entre os times, sabe que essa teoria não tem sentido. O Nacional fará de tudo para impedir o título de seu maior rival, e vencer o super-clássico é a melhor possibilidade.

Em 482 jogos na história do clássico, o Peñarol venceu 21 vezes a mais (175 contra 154) e marcou 619 contra 576 do Nacional.
Para entrar no clima do jogo de amanhã o futebesteirol descatou dois clássicos especiais para as torcidas de Peñarol e Nacional relembrarem:

14/12/1941 - Nacional 10-0 Peñarol

A goleada histórica e única até hoje por um placar tão dilatado coroou uma campanha irretocável do Nacional no campeonato uruguaio de 1941, em que sagrou-se campeão invicto sem perder nenhum ponto. 60 mil pessoas presenciaram o massacre no estádio Centenário.
Equipe do Nacional: Aníbal Paz, Romero, Rodríguez Candales, Luz, Eugenio Galvalisi, S. Gambetta, L. Ernesto Castro, J. P. Fabrini, Atilio García, Roberto Porta e Bibiano Zapirain.

09/10/1949 - Peñarol 2-0 Nacional

O famoso ''clássico da fuga'' é um dos mais lembrados pela torcida aubinegra. E nem poderia ser diferente. Em uma tarde de muita chuva, o Peñarol trucidou o Nacional ainda no primeiro tempo: dois gols, um banho de bola e duas expulsões do adversário. Resultado: o Nacional não voltou a campo para a segunda etapa da partida, fato que é uma prova de covardia dos tricolores para os torcedores do Peñarol.


O clássico de amanhã:

Nacional: Viera, Pablo Alvarez, Diego Jaume, Diego Godín, Agustín Viana; Vanzini, Marcelo Sosa, Javier Delgado; Vera, Martínez e Gonzalo Castro. Técnico: Daniel Carreño
Peñarol: Castillo, Lemes, Luiz Nunes, Paolo Montero, Diego Rodríguez; Ríos, Pouso, Julio Mozzo, Ruben Capria; Nicolás Vigneri e Silvio Mendes. Técnico: Gregorio Perez
Arbitragem: Jorge Larrionda (em clássicos: 6 jogos, 4 vitórias do Nacional, 1 vitória do Peñarol e um empate).
Estádio Centenário, Montevideo.
Hora: 16 horas no Uruguai

3 comentários:

Anônimo disse...

nacional 3x0 peñarol

aguante bolso!

Anônimo disse...

voce ta errado... Nacional no e um time de protestantes... quasi no tem protestantes no Uruguai, tudo mundo e catolico... Nacional e un time de uruguaios de todas as clases sociais... e o time que mais torcedores tem no Uruguai... os imigrantes italianos tenden a simpatizar pelo penharol, mais o imigrantes espanholes tenden a ser torcedores do Nacional... Penharol foi fundado em 1913, o que foi fundado em 1891 foi o CURCC (time de ingleses extinto en 1915).

Anônimo disse...

voces estao errados
nunca houve um 10 x 0 na historia desse classico, a maior goleada foi 7 x 3 a favor do Peñarol é claro, no gallinero central.
Essa versão que as gallinas (como são chamados todos os proximos a naciomal, devido aos 2 clasicos da fuga XQ FORAM 2!!)inventaram sobre a fundação do Peñarol é uma mentira que uma diretoria inventou e que todos os frustrados torcedores do naciomal fingem que acreditam para conseguir dormir. Tal mentira foi inventada na decada de 50 após 40 anos da mudança oficial do nome da instituição, ja que ate entao era chamada de Peñarol mesmo seu nome oficial sendo CURCC, processo esse (de mudança de nome e de desvinculação com a fabrica de trens) que segundo a mentira foi a fundação de um novo clube. Isso tudo após inúmeros reconhecimentos e cartas OFICIAIS enviadas ao Peñarol parabenizando-os pelo aniversário em 28 de setembro (data de fundação do PEÑAROL em 1891).
Para complementar a história desse classico eis aqui algumas informações (em español) que falam por si só:

ALÉM DE TER MAIS CLASSICOS VENCIDOS, O PEÑAROL GANHOU;
1º clásico d la historia /1900
1º en Parque Central /1900
1º en cancha Paso Molino /1902
1º en Belvedere /1910
1º en Las Acacias /1916
1º en cancha d Pocitos /1921
1º en estadio Centenario /1930
1º era Profesional
1º en Campus d Maldonado /1996
1º en Paysandú /1996
1º en Rivera /1996
1º oficial fuera d estadio Centenario, despues de su construccion (Libertadores1998 en Maldonado)
7x3 en Parque Central
2x1 “CLÁSICO 8 CONTRA 11” (anotando 2º gol cn 8 jugadores) /1987
“CLÁSICO D LA FUGA” (NacioMal no regresó para 2º tiempo) /1949
“CLÁSICO FUGA 2” (4 expulsados y quinto “lesionado”, NacioMal abandonó cancha evitando goleada histórica) /1972
“Copa d Oro d Grandes” al mejor d 8 (venció 5 y perdió 1)
Último clásico d siglo XX
1º clásico siglo XXI
INVICTO 23 años en clásicos x Libertadores /1974 a 97
INVICTO 12 años x Liguilla /1980 a 92
RECORD d 6 victorias clásicas consecutivas /1997 a 98


traduzindo: Peñarol exerce uma paternidade (termo que traduzido ao portuges seria; naciomal eterno fregês do Peñarol)historica sobre seu tradicional rival, história essa que continua se repetindo ao longo dos anos e na atualidade traduzida perfeitamente pela gallina inflable levada pelos torcedores do Peñarol no classico de 11-05-08.

Como se tudo isso fosse pouco, no quesito torcida, o Peñarol também manda no Uruguay. Inúmeras pesquisas de institutos respeitáveis de estatistica apontam que 45% da população uruguaya é torcedora do Peñarol, enquanto o naciomal chega perto dos 35%. Além de dados oficiais da AUF apontarem que historicamente o Peñarol tem maior media de publico.

Conclusão: naciomal, fecha o cú antes de falar do Peñarol.

VAMO ARRIBA LOS MANYA!! LO MAS GRANDE QUE HAY!PEÑAROL NO MAS!!
PEÑAROL ES PUEBLO Y DECANO. naciomal es una mentira.