

As eliminatórias daquele ano puderam enfim atingir um número simétrico de participantes, 32, facilitando o trabalho de formar oito quadrangulares cujos campeões avançavam aos mata-matas, vislumbrando uma vaga nas sonhadas semifinais. Os alemães, cuja estréia no Campeonato da Europa havia se dado quatro anos antes, com uma eliminação desastrada, mostraram sua velha capacidade de contornar obstáculos para dar a volta por cima e superar seu novo grupo. Sem perder jogo algum, o onze capitaneado por Beckenbauer obteve 4 vitórias e 2 empates (além de 10 gols feitos e apenas 2 sofridos) diante de Polônia, Turquia e Albânia. Depois, nas quartas-de-final, superaram a Inglaterra por 1-3 em Londres, garantindo a vaga na rodada seguinte com um placar nulo em Berlim. Ao lado deles, às semifinais, passaram a Hungria (após três jogos dramáticos contra a Romênia: 1-1 em casa, 2-2 fora, e vitória por 2-1 em Belgrado, no jogo extra, com gol salvador aos 89 minutos), a óbvia e onipresente União Soviética, e a Bélgica que, eliminando os italianos donos do título, garantiu-se na fase seguinte, contando agora com a vantagem de ser o país-sede.
Jogar em casa, entretanto, só seria útil aos belgas se um confronto contra a Hungria, suposto braço m

Um cruzamento entre os dois favoritos na final, tudo dentro do esperado... até a segunda página. Esperava-se, também, um jogo equilibrado, como costumava ser. E isso jamais se v

Em campo, os alemães, preparando-se para o título mundial erguido dois anos depois, submetiam os adversários à sua pior derrota numa Euro até aquela data. Gols de Gerd Müller, aos 27 minutos, Wimmer, aos 52, e outra vez Müller, aos 58, concluíram o massacrante 3-0 da finalíssima belga. Pela primeira vez na história da competição, alguém conseguia parar os soviéticos de forma enfática, inapelável. Era a força alemã sendo finalmente notada, ecoante pela Europa.
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