Fazia tempo que não se tinha um fim de jogo tão ruim por diversas razões quanto o vivido pelo Corinthians na tarde de sábado, pela 17ª rodada da Série B. Em questão de poucos minutos, os dez últimos do tempo regulamentar, o bom empate de 1-1 com o Vila Nova recuperado por André Santos no início do segundo tempo foi alvejado, esquartejado e, o que sobrou, queimado até virar cinza.
Aos 80, Wellington Saci, uma das três substituições de Mano Menezes, sentiu a coxa numa lesão aparentemente séria. Sem mais trocas possíveis, ele ficou em campo para fazer número, pois, na prática, o Corinthians se desfalcava, diminuindo sua equipe a dez homens.
Era o início. Aos 87, Pedro “Nuca” Júnior pegou sobra de pelota rebatida na área paulista, dominou e bateu cruzado para fazer 2-1 em favor dos goianos. Dois minutos depois, numa bola terrivelmente recuada de cabeça por William quando Felipe saía da área, o goleiro desviou o esférico com as mãos, fora do espaço permitido – foi expulso. E o Corinthians ficou com dez (“nove”), sem goleiro, fora de casa e perdendo. André Santos saiu da linha para guardar a meta.
Insuficiente para aumentar o placar por pura falta de tempo e vontade do Vila Nova para buscar mais nos acréscimos, a situação desastrosa temperou mais um pouco a trajetória corinthiana na segunda divisão. E tirou a distinção de equipe menos derrotada da competição: o Avaí, perseguidor feroz com 33 pontos contra 35 do Timão, também perdeu duas vezes. As derrotas ainda não viraram comuns, mas a emoção talvez esteja voltando para complicar um pouco o título certo do Corinthians.
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