terça-feira, 8 de julho de 2008

Estréia o Flu de Porto Rico

Por fins do mês passado, nasceu em Porto Rico o mais novo campeonato de futebol do mundo. Com o objetivo de fortalecer o esporte profissional, a federação da ilha lançou a Puerto Rico Soccer League (PRSL), cuja primeira rodada foi disputada no 28 de junho. Modestamente, tentando se firmar no vácuo deixado pela decadência do interesse popular pelo beisebol, o torneio tem equipes com orçamentos pequenos, que deverão ser aumentados a cada temporada, em quantias mínimas pré-determinadas pelo estatuto da liga.

A competição pioneira conta com oito inscritos. Eles jogarão uma temporada regular em turno e returno, classificando-se os quatro melhores para os mata-matas, em semifinais e final. Clube mais famoso de lá, o Puerto Rico Islanders ficará mantido na segunda divisão dos Estados Unidos (caso semelhante ao do FC Andorra, que seguiu filiado às ligas espanholas quando a Federação Andorrana começou a andar), permitindo que desconhecidos venham à luz. Aparecem, então, quadros como a Academia Quintana (fundada em 1969, é a decana da liga), o Atlético de San Juan, os Gigantes de Carolina, o Huracán de Caguas e o Tornados de Humacao. Esses são os originais. Há as agremiações que, em seus nomes, por forças de parcerias, prestam homenagens a times de outros paíes, e assim temos um River Plate de Ponce, um Sevilla Puerto Rico (associado aos espanhóis e também parceiro do Islanders, pegando seus refugos) e um... Guaynabo Fluminense Football Club, sócio dos cariocas!

O tricolor do Rio é lembrado no nome, nas cores e (vagamente) no escudo, como mostra a imagem abaixo, com as equipaciones dos oito:Anteriormente nomeado Conquistadores de Guaynabo, o tal Flu de Porto Rico fez sua estréia na PRSL no último domingo, na sua casa, o estádio José Pepito Bonano, contra o Gigantes de Carolina. O público próximo de 1,5 mil pessoas assistiu a um primeiro tempo enojante, perdido no meio de campo, mas teve motivos para pegar gosto pelo futebol na movimentada etapa final: depois de o poderoso Pedro Power abrir a contagem para os pseudocariocas através de uma cabeçada, entradas duras de parte a parte deixaram as coisas peleadas. Shady Kiblawl, do Flu, foi expulso, e os de Carolina empataram prontamente, obra de Mauricio Turizo aos 62 minutos. Tendo complicado sua vida, o Fluminense ainda conseguiu dar um golpe logo na saída de bola, com Keith Pavón anotando 2-1. A sorte, porém, já havia mudado de lado. Num contra-ataque dos Gigantes, Cristian Vega daria um testaço numa bola cruzada para mandá-la no chão, vê-la quicar, e encobrir o pobre arqueiro oponente.

Para uma estréia histórica, diante das circunstâncias, o 2-2 não ficou feio. Charles Gatinho (!), brasileiro que treina o Fluminense porto-riquenho, disse ter ficado “satisfeito com o resultado”. De qualquer forma, alerta-se para que os de Guaynabo não comecem a gostar muito dos empates, ou vão repetir o que se vê no Flu do Brasileirão: uma sucessão interminável de resultados deprimentes – e, por enquanto, vitória nenhuma.

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