

A decisão havia começado bem antes. No dia 26 de abril, em Honiara, capital das Ilhas Salomão, um ar de loucura tomou conta dos amantes do futebol e mesmo dos indiferentes ao esporte. Honiara é pequena, tem cerca de 55 mil habitantes, e seu estádio não recebe mais que um quinto disso – mas, para a primeira partida da final da Oceania, 20 mil pessoas superlotaram o Lawson Tama Stadium (foto abaixo, à direita), acotovelando-se para o grande dia, o maior talvez, de toda a sua trajetória futebolística.
Torciam pela zebra. O Kossa vinha invicto, realmente, passando

Mas

Na madrugada deste domingo, não houve sonho que se sustentasse. A comoção nacional das Ilhas Salomão deu lugar àquilo que a O-League está acostumada: indiferença. Três mil espectadores, apenas, estiveram no Trusts Stadium de Henderson para acompanhar o atual campeão neozelandês remontar a decisão e buscar o bicampeonato continental. A final terminou em 5-0 para o Waitakere, gols de Benjamin Totori, Chris Bale, Jake Butler e Allan Pearce (2 vezes).
Assim o Waitakere ganhou sua segunda taça da Oceania e pôde aparecer no rodapé dos jornais do mundo. Logo cairá no esquecimento, como sempre aconteceu com o futebol de lá. Poucos saberão da sua sorte nos próximos meses, ouvirão a respeito de toda a loucura que o povo das Ilhas Salomão teve pelo seu time ou, mesmo, conhecerão a grandeza do clube neozelandês dentro de seu continente. Apenas no Mundial de Clubes, em dezembro, voltaremos a ouvir sobre o Waitakere United – e aí será como exemplo de fraqueza.
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