Ingresso custando 50 reais: há dois anos ou menos, pagava cinco pilas para ver uma peleja contra o Bagé
Desde que o Inter-SM deixou o pântano sombrio que recebe o nome de divisão de acesso do Gauchão, uma partida contra o Grêmio de Porto Alegre tornou-se inevitável. Oquei, qual é o problema? O problema é: torcer para quem?
Já vi o Grêmio na Baixada, e a última vez, creio, foi em 2004, pela tal da Copa FGF. A equipe tinha Rico e Luciano Ratinho - já afastados do time principal - além de mais uns fiasquentos. O jogo, que não valia nada, foi assim tratado pelos da Capital, que tiveram três expulsos e nenhuma consideração com a torcida gremista presente no Presidente Vargas. Simplificando, foi bem fácil torcer pelo time da casa sem sentir o menor peso na consciência. Aquele time não merecia absolutamente nada - muito menos trajar a tricolor recebendo por isso.
Mas a partida de amanhã é diferente e mais complicada. O jogo é importante. Quando um dos grandes de Porto Alegre desembarca no interior, um mero encontro de primeira fase transforma-se em final para os locais - que sofrem ao ver o tradicional estádio da cidade tomado por uma maioria adversária. E a minoria que teima em apoiar o sofrido quadro do interior, tem, entre os torcedores...gremistas. A atitude justa, a julgar pelas infinitas tardes em que estive no ingrato concreto da Baixada, pelas alegrias (?) proporcionadas pelo Inter-SM e principalmente pelo discurso que sempre preguei de que, aqui dentro, sou só coloradinho, seria torcer enlouquecidamente pelos rubros, mandar o Victor tomar bem no meio do cu, insultar o irritante Wiliam Magrão e mostrar para o mascarado do Alex Mineiro a força do interior gaúcho.
O problema é que não será fácil. Em ano de Libertadores, com boa parte da cancha pintada de azul, secar o Grêmio com todas as forças seria, sim, uma afronta ao gremismo que cultivei - ainda que do outro lado esteja o sempre valente colorado de Santa Maria. Enfim, desisti de pensar. O maldito ingresso já está garantido e, como faço há mais de uma década, rumarei até a Baixada, naturalmente me estabelecendo no espaço destinado ao clube de casa, mesmo sabendo que esse estará infinitamente menor. Se o 4-4 com tripleta de Alê Menezes não vier, entrego o resultado nas mãos do tal Destino, aquele senhor sempre muito simpático à causa do Inter-SM, ao qual dedicou oito anos consecutivos de segundona e um azar absurdo que parece enfim ter se encerrado.
O problema é que não será fácil. Em ano de Libertadores, com boa parte da cancha pintada de azul, secar o Grêmio com todas as forças seria, sim, uma afronta ao gremismo que cultivei - ainda que do outro lado esteja o sempre valente colorado de Santa Maria. Enfim, desisti de pensar. O maldito ingresso já está garantido e, como faço há mais de uma década, rumarei até a Baixada, naturalmente me estabelecendo no espaço destinado ao clube de casa, mesmo sabendo que esse estará infinitamente menor. Se o 4-4 com tripleta de Alê Menezes não vier, entrego o resultado nas mãos do tal Destino, aquele senhor sempre muito simpático à causa do Inter-SM, ao qual dedicou oito anos consecutivos de segundona e um azar absurdo que parece enfim ter se encerrado.
2 comentários:
Eu, sócio do Grêmio desde os 13 anos (tenho 28), não teria dúvida. Torceria SEMPRE para o time da minha cidade, se lá houvesse time...
Assistiu a um empate que não deixou ninguém triste, hehe. Sortudo.
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