segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Um jogo distinto

É raro vermos um jogo tão distinto quanto foi o do último domingo, entre Gamba Osaka e Adelaide. Nada a ver com o placar, com o campeonato ou algo assim. Mas sim por ser um confronto entre um time têm 28 anos de fundação e outro com 5, 3 como profissional.

O Mundial Interclubes, desde que é organizado pelo Fifa, traz para nós times como e confrontos com estes. Quem não se lembra do que o Al-Ahly quase fez em 2006 com o Inter?
As duas equipes do jogo de quartas-de-final são até parecidas e se conhecem muito bem. Enfrentaram-se na final da Copa dos Campeões da Ásia. O vencedor foi o time japonês com um total de 5 a 0 nos dois confrontos. Mas o Adelaide entrou na competição porque o Gamba garantiu a vaga como campeão do campeonato nacional do país-sede, abrindo então a vaga para o time da Austrália. O esquema tático é parecido, um 4-5-1 com três volantes e dois meias bem abertos, muitas vezes como pontas. E em time que vence sempre tem brasileiro. Pelo lado do candidato a zebra Adelaide havia Cássio, revelado pelo Flamengo e autor do gol 1000 em brasileiros no Inter, em 2002. Sua passagem pelo Clube do Povo pode ser definida com uma só palavra: Discreta. Mas no Adelaide ele é um dos destaques e passou de lateral a meia-ponta. Ainda no Adelaide o centroavante Cristiano, o volante Diego e o lateral Alemão, que atuou no último Paulista pelo Juventus. Pelo lado do Gamba Osaka, Lucas, centroavante e Roni, aquele que jogou no ano passado pelo Cruzeiro.

O time do Gamba tinha toda a torcida, mas o domínio inicial foi do time da terra do canguru. O Adelaide se impunha e jogava no campo adversário. Mas se resumia à isso, sem criar oportunidades. E “time da casa”, quando tentava sair do seu campo, errava passes. Apesar disso, foi do time japonês a primeira chance, após escanteio batido na 1ª trave. A chance deu forças para Gamba marcar em um contra ataque com Endo, após assistência de Bando, que havia entrado no lugar de um companheiro que se machucara. Um belo gol, a bola passou entre as pernas do goleiro Ngalekovic.
O Adelaide manteve seu domínio, mas o Gamba era muito perigoso nos contra-ataques. Lucas quase marcou em um deles aos 40’. Aos 41’ Dodd quase faz o gol de empate para o Adelaide, após cruzamento pela esquerda, a bola desvia no travessão. O time australiano passa a ficar nervoso e começa a fazer algo que se repetiria em todo o jogo: matar os agora encaixados contra-ataques do Gamba Osaka com faltas, que resultavam no amarelo.

O segundo tempo inicia, e como em todo jogo importantes, a equipe com a vantagem não se arrisca, mas não perde de tentar ampliar. E foi de qualquer jeito, com muitos chutes de fora da área, que o time local tentou ampliar a vantagem.
Os brasileiros do Adelaide não estavam bem. Aos 25’ do segundo sai Cássio,que dá lugar ao compatriota Alemão (que discordante!). Mesmo assim o time se mantinha na política do “estamos mas não chutamos”. Por isso, Lucas, louco para ir às redes, dava tudo de si nos contra-ataques que resistiam às botinadas dos australianos. Aos 29’ ele quase conseguiu.

Aos 31’ mais um brasuca sai, Cristiano. Aos 41’ o técnico do Adelaide, o desesperado Aurelio Vidmar, tira mais um brasileiro. O volante Diego dá lugar a um atacante. A mexida dá mais ímpeto de gol ao time australiano, que quase marca ao 47’ e os 48’, em cabaceio baixo de Dodd, que cai na trave. Dodd foi o melhor do time australiano. Agora resta a ele o 5º lugar que será disputado dia 18, contra o Al-Ahly. Aos japoneses, é pensar em como para Rooney, Tévez e cia.

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