Maradona é o novo técnico da Seleção Argentina, dizem as letras garrafais de vinte e nove entre dez sites esportivos na noite desta terça-feira. Maradona iniciando uma nova carreira, dizem os piadistas. Mas, quem diria com grande certeza antes de hoje: Maradona... treinando alguém em alto nível? Tirando duas experiências de completo fracasso (três vitórias em 23 partidas, segundo números do Olé) na metade dos anos 1990, o maior ídolo argentino chegará ao banco do selecionado nacional um pouco como Dunga fez por aqui: uma incógnita com grandes possibilidades de desastre.
Dunga, passados dois anos da sua admissão, continua tendo capacidades incertas. As críticas ferrenhas dos últimos tempos não diferem, em tom, das críticas ferrenhas dos primeiros dias, e a repetição de atuações ruins dentro de casa, diante dos olhares furiosos da torcida, tem sido das piores inimigas de quem tenta elogiar o trabalho do anão. Essa corrente elogiosa surgiu após a meritória conquista da Copa América com um time meio reserva há um ano, e persiste apesar das graúdas deserções sentidas recentemente pelas suas fileiras.
Não é fácil o trabalho de um treinador em afirmação. De Dunga, o questionamento mais justo e duradouro, afora briguinhas por um ou outro nome ausente (ou presente) nas convocatórias, é a sua incapacidade de modificar o time taticamente. O Brasil dos primeiros tempos é sempre o Brasil dos segundos e não há qualquer expectativa de avanço quando a coisa começa ruim – e ela tem começado ruim várias vezes. Substituições meramente técnicas, também, andam raras as capazes de alterar a história de uma partida.
Maradona, sem um passado que faça aflorar esperanças no seu trabalho de treinador, terá de passar pelo mesmo período de afirmação. Provavelmente obterá alguns triunfos consagradores, mas dificilmente escapará de apresentações vexatórias. Caberá ao tempo determinar se os argentinos temerosos de hoje mereciam crédito ou não. Em comparação com Dunga, o Dez terá menos jogos de adaptação até uma Copa do Mundo, o que dificultará a diluição dos seus erros e acertos. Pequenas e rápidas decisões terão reflexos pesadíssimos no futuro próximo Albiceleste. Aconteça o que acontecer, porém, a Argentina terá que aceitar e se resignar. Em caso de hecatombe, mudanças de comando deverão ser feitas por baixo do tapete, sem guilhotinados em praça pública ou traumas de qualquer natureza. Afinal, será Deus sentado na casamata.
Dunga, passados dois anos da sua admissão, continua tendo capacidades incertas. As críticas ferrenhas dos últimos tempos não diferem, em tom, das críticas ferrenhas dos primeiros dias, e a repetição de atuações ruins dentro de casa, diante dos olhares furiosos da torcida, tem sido das piores inimigas de quem tenta elogiar o trabalho do anão. Essa corrente elogiosa surgiu após a meritória conquista da Copa América com um time meio reserva há um ano, e persiste apesar das graúdas deserções sentidas recentemente pelas suas fileiras.
Não é fácil o trabalho de um treinador em afirmação. De Dunga, o questionamento mais justo e duradouro, afora briguinhas por um ou outro nome ausente (ou presente) nas convocatórias, é a sua incapacidade de modificar o time taticamente. O Brasil dos primeiros tempos é sempre o Brasil dos segundos e não há qualquer expectativa de avanço quando a coisa começa ruim – e ela tem começado ruim várias vezes. Substituições meramente técnicas, também, andam raras as capazes de alterar a história de uma partida.
Maradona, sem um passado que faça aflorar esperanças no seu trabalho de treinador, terá de passar pelo mesmo período de afirmação. Provavelmente obterá alguns triunfos consagradores, mas dificilmente escapará de apresentações vexatórias. Caberá ao tempo determinar se os argentinos temerosos de hoje mereciam crédito ou não. Em comparação com Dunga, o Dez terá menos jogos de adaptação até uma Copa do Mundo, o que dificultará a diluição dos seus erros e acertos. Pequenas e rápidas decisões terão reflexos pesadíssimos no futuro próximo Albiceleste. Aconteça o que acontecer, porém, a Argentina terá que aceitar e se resignar. Em caso de hecatombe, mudanças de comando deverão ser feitas por baixo do tapete, sem guilhotinados em praça pública ou traumas de qualquer natureza. Afinal, será Deus sentado na casamata.
Nenhum comentário:
Postar um comentário