O primeiro tempo, pelo baixo nível, e o segundo, pela goleada, desesperaram os torcedores brasileiros. Contra uma Argentina cansada de perder para os mais bizarros times formados nas convocatórias da CBF, o quadro olímpico do Brasil deu a desforra aos albicelestes. Coroou sua desorganização vinda desde a prévia dos Jogos com igual desorganização tática, levando um nó e um baile de 3-0.
Se ontem não fez sentido analisar o jogo da Seleção feminina pelos dez minutos iniciais com a radical mudança de cara ocorrida depois, o encontro de hoje foi condensado no segundo gol argentino, quando nenhum brasileiro pôde parar a jogada construída pelos rivais. A partida auriverde em Pequim foi isso: impotência, inação. Mentira, ação existiu, no fim, com o Brasil recorrendo à arma dos derrotados, distribuindo pancadas que resultaram nas expulsões de Lucas e Thiago Neves.
Violência infrutífera – ainda que criticável, a utilidade estaria em quebrar alguém. Todos os argentinos saíram inteiros, e despedaçado quedou o próprio time verde-amarelo, para a disputa do bronze. Nada mais normal. É preciso terminar com vexame grandioso uma jornada olímpica... a tradição está aí e deve ser respeitada.
Antes dos Jogos, uma campanha publicitária da Nike, estrelando Lucas e Pato, recordava as conquistas do futebol brasileiro. Da inexistência ouro no palmarés, criava slogan: só falta uma. Continuará faltando. Por mais desimportante que seja, a não-vinda de medalhas douradas para cá será incômodo por mais quatro anos, no mínimo.
Um comentário:
Dunga é uma piada de péssimo gosto...
Warley Morbeck
http://flamengoeternamente.blogspot.com/
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