Era o reencontro após a tão saudada campanha no Gauchão. Mas a recepção não foi das mais calorosas, fazia frio em Santa Maria e pouco mais de quinhentos torcedores rumaram até a Baixada na noite de ontem. Pouco para as pretensões novamente audaciosas do Internacional local.
A equipe havia sido derrotada na estréia da Série C do Brasileirão por 1-0 no Paraná, e um triunfo na Melancólica tornou-se essencial. Hora também para ver as novas contratações, como o zagueiro Anderson Sefrin, o lateral Wiliam Santos e o volante Éverton, além do atacante Rudimar, que brilhou no lado antigo da cidade no primeiro semestre, defendendo o Riograndense na segundona e regressou ao plantel colorado. O atacante Evilásio foi negociado com o futebol da INDONÉSIA e nem entrou em campo.
Do outro lado da cancha estava o Marcílio Dias, o rubro anil das avenidas, como diz o hino oficial do clube. Campeão catarinense de 1963, o Marinheiro é o quadro mais tradicional do Grupo 15, que além dos já citados inclui Toledo e Engenheiro Beltrão, ambos do Paraná. Se tinha história e relativa tradição, faltou futebol ao Marcílio, ao menos em Santa Maria.
O Interzito não mostrava a mesma consistência que o levou ao histórico terceiro posto no estadual - talvez por ressentir de um maior entrosamento -, mas soube ser superior no jogo durante grande parte dos noventa minutos. No primeiro tempo ameaçou com estratégias bem conhecidas: a bola parada de Chiquinho e as incisivas gambetas infernais de Jean Michel.
Aos 21' da primeira etapa, o lateral direito Thoni invadiu a área e sem maiores ambições acabou semi-atropelado por um beque catarinense completamente desprovido de recursos técnicos. Penal discutível e possivelmente cavado, mas penal, enfim, já que o fraco árbitro paulista Élcio Borborena soprou o seu apito. Jean Michel partiu saltitante para a pelota e deslocou Márcio, 1-0.
A pressão do Marcílio inextiu nos momentos seguintes, e Goico só trabalhou em centros despretenciosos. Na segunda etapa, quem perdeu as melhores chances foi o Inter-SM, que poderia ampliar a vantagem e inflar o saldo, indiscutível vantagem em um grupo que parece ser dos mais equilibrados. Chiquinho perdeu uma oportunidade de fuzilar com sua canhota, mas sabe-se lá porque, rodou o esférico até o pé direito, chutando fraco e sem perigo. Rudimar, que adentrou no lugar de Jean, soube controlar bem a pelota na ofensiva, iludindo os defensores com dribles curtos e objetivos. Thoni ainda nocauteou um zagueiro com um torpedo nos acréscimos, num lance em que o arqueiro já estava batido. O 1-0 prosseguiu.
Domingo o adversário será o Toledo Colônia Work, um clube empresa de nome bizarro que possui estrutura invejável e desponta como favorito na chave. Com a adesão de novos sócios, ingressos mais acessíveis e um horário decente, espera-se uma assistência maior na Baixada, aliada a uma nova vitória.
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