Descomplicando

Jogou-se a derradeira jornada da Liguilla, no fim de semana recém acabado. O regulamento, como o do campeonato, simplesmente não era agradável. Enrolações sem sentido existiam com o fim de inchar um campeonato que já passara do tamanho ideal, mas no fim, as coisas encaminharam-se para uma rota razoavelmente menos complexa.

Nacional, Defensor e Peñarol chegaram na última rodada liderando a liga pré-copas, todos com sete unidades conquistadas. Os violetas não sabiam o que estavam competindo, mas receberam o comunicado que poderiam garantir o ingresso na Sul-Americana, além da já garantida Libertadores - mérito do título nacional. Bastava encerrar em quarto lugar.

O campeão classificaria-se para a fase de grupos da Libertadores, assim como o Defensor. O vice, para a decisão eliminatória. O bolso enfrentaria o eliminado-de-tudo-Danubio, o Defensor o River e o Peñarol o valente Rampla Juniors. Tricolores e violetas, como fizeram em considerável parte do semestre, triunfaram (2-1 e 1-0) e isolaram-se na ponta. Já o carbonero invariavelmente necessitava complicar a situação, e por pouco não perdeu o seu match. Apertado 2-2, que quase classificou o Rampla para a Sul-Americana.

Ao fim de tudo, creio que não ocorreram lamentações de parte alguma. Caso o Peñarol vencesse e igualasse a pontuação, (mais) um superclássico aconteceria, para decidir quem classificaria-se diretamente para la Copa - triste chance de acabar com a senda de vitórias em clássicos. Determinada a vaga direta, o vencedor encararia o Defensor na final da Liguilla, cuja premiação é secreta, jamais inútil.

Como isso não aconteceu, tudo muito simples. Defensor e Nacional já tranqüilos e serenos esperando o famoso sorteio e o Peñarol levemente preocupado. River e...Defensor na Sul-Americana. E chega de futebol no Uruguai. Ou não. Nacional e Defensor ainda duelarão na tal final. E aí sim, acabou.