
Ontem, a Venezuela derrotou o mais vitorioso selecionado do mundo, o brasileiro, encerrando um histórico de sempre perder quando encontrou os auriverdes. E o triunfo foi mais que acaso: o placar assinalou 0-2 em seu favor, e o vino tinto poderia ter sido mais encorpado se não houvesse a anulação de um gol, em lance duvidoso no primeiro tempo. Na noite da sexta-feira em Boston, a Venezuela fez sua história – e, talvez, por não ter títulos, tenha alcançado sua maior conquista no futebol até aqui.
E o que resta para o Brasil, da vexatória jornada de ontem? Amistosos são pouco úteis, bem sabemos, mas dois amistosos consecutivos em baixo nível – um sofrível triunfo por 3-2 sobre o Canadá e agora o papelão de ontem – fazem soar as sirenes antiaéreas sobre a casamata de Dunga. O bombardeio está vindo. E vem na forma de críticas à risível qualidade técnica do onze escolhido pelo treinador, de envergonhar os que construíram a mística vencedora brasileira, reclamações à total falta de solidez defensiva no time que jogou os amistosos. Sim, só amistosos, apenas treinos, nem jogos oficiais eram. Mas, se eram treinamentos, foram ruins. Daqueles para se reclamar do empenho dos atletas e cobrar satisfações.
“Agora podíamos perder”, disse Diego ao sair de campo, sobre o caráter da partida. Embromador. O Brasil não pode perder para a Venezuela e se conformar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário