Num fim de semana de tantas partidas relevantes, a Seleção Brasileira e sua miséria futebolística não mereceriam nem uma linha comentando outra desgraça sua. Foi ridículo o que se viu no Defensores del Chaco, e o pior para Dunga e seus comandados foi não ter existido surpresa – desde as apresentações contra Canadá e Venezuela as desconfianças estavam retornando, e as derrotas de hoje, e da próxima quarta-feira, contra a Argentina, sendo anunciadas por alguns.
A da quarta-feira ainda não veio, talvez nem ocorra, pois todos conhecem o histórico argentino de fracassar contra o Brasil, mesmo sendo o pior onze brasileiro possível, mas o insucesso de domingo já se confirmou. A linha defensiva auriverde, de notória fraqueza, voltou a ser palco para festa dos adversários, e os problemas foram além. À frente da zaga, Mineiro, Josué e Gilberto Silva compunham um trio de pouca eficiência na marcação. Soltos, Santa Cruz e o destruidor-de-brasileiros Cabañas trouxeram repetidas preocupações ao gol de Júlio César, marcando um gol cada nos 2-0.
O Brasil simplesmente não tinha defesa. Nem ataque. Quando o paraguaio Verón cometeu a estupidez de complicar seu time e sair expulso aos dois minutos do segundo tempo, foi cômico. No fim, acabaria parecendo uma chance concedida pelo time da casa para os oponentes equilibrarem o jogo, pois nem com dez o Paraguai sofreu ameaças brasileiras. Pelo contrário, seu segundo gol e uma posterior bola na trave nasceram em inferioridade numérica! Aquele trio de volantes canários, tão inútil na marcação, igualmente foi ruim na criação de jogadas. Os laterais tampouco davam alguma contribuição significativa na dianteira ou retaguarda. Lá no ataque, Robinho atuava como um amador nas poucas bolas que apareciam, e seus companheiros não apresentavam qualidade muito superior.
Foi ridículo, pela terceira vez seguida. Mas antes eram amistosos, havia desculpas. Podíamos perder, disse Diego na derrota para a Venezuela, por não ver importância na partida. Hoje era um jogo oficial, uma partida de eliminatórias. O Brasil não podia perder. No entanto, por seu futebol, o Brasil só podia perder. Doravante, aquela frase do camisa 10 merecerá a distorção, e essa nova interpretação. Continuando assim, o Brasil pode – e deve – perder para quem vier pela frente.
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