Ser gremista em Goiás, ou nos arredores, pelas bandas do Distrito Federal ou do Tocantins, é uma infelicidade. Não, não há uma lei permitindo caçar torcedores do Grêmio por lá – mas o mesmo não pode se dizer do time deles, que parece simplesmente desconhecer o que é futebol a partir do momento em que desce sobre o solo goiano. O sofrimento desses tricolores não se dá pelos resultados do time no geral, numa temporada inteira, que esses são os mesmos em qualquer região: o seu drama particular está nas raras chances de ver o time ao vivo.
As tabelas de temporadas passadas ajudam a recordar o que esses torcedores foram obrigados a ver ao longo de mais de uma década: repetidas humilhações. Só contra o Goiás, o Grêmio levou 6-1 em 1997, 4-1 em 2002, 4-0 em 2004 e 2006; em 2008, pela Copa do Brasil, conseguiu a proeza de sofrer 2-1 para o fraquíssimo Atlético Goianiense, que o eliminaria depois em pleno Olímpico. E não adiantava o time sair de Goiânia: estando em Goiás, a tragédia seguia a mesma – assim, em 2005, no interior daquele Estado, sofreu 4-0 para a Anapolina, o que para muitos foi a mais vergonhosa derrota desde a fundação do clube.
Foi sofrido para todos os gremistas. Foi mais ainda aos de Goiás, tachados, em tom anedótico, de azarados. E seriam o quê? Desde 1996 o Grêmio não vencia um único jogo por lá! Mas insistiam, esses torcedores. Um dia aquela vitória vinha. Mas, passam os anos, passam os jogadores, já diria a Geral, e o que não passava era a sina de maus resultados. Jogos em Goiânia passaram a ser considerados derrota certa, possível goleada, e necessidade de recuperação na rodada seguinte. Gerações cresceram sem lembrança de três pontos conquistados lá. Mesmo os que acreditavam começaram a desistir, era anômalo aquilo se repetir naquela freqüência. Permaneciam confiantes apenas os gremistas goianos, um bando de loucos a comparecer sempre em bom número – mesmo sendo uma vergonha, ainda era uma oportunidade única de ver o time tão próximo.
O trauma desses aficionados acabou ontem. Antes do jogo, falava-se que o Grêmio só poderia ser derrotado pelo Goiás por causa da mística, pois time bom não havia do outro lado. Dessa vez, entretanto, nem a touca resistiu. Os esmeraldinos até levaram perigo, fizeram um primeiro tempo decente, mas paravam nas mãos do goleiro Victor, sofreram o 0-1 quando estavam melhores e, na etapa complementar, foram totalmente dominados. Dois gols de Marcel, um de Thiego, e o tricolor venceu por 0-3. Não foi uma goleada sonora como daquelas que o time sempre levava, impotente, mas foi, ao menos, a desforra daqueles que passaram doze anos na espera para poder vibrar e sair do Serra Dourada com a cabeça erguida. Em Goiás, o Grêmio venceu – finalmente.
As tabelas de temporadas passadas ajudam a recordar o que esses torcedores foram obrigados a ver ao longo de mais de uma década: repetidas humilhações. Só contra o Goiás, o Grêmio levou 6-1 em 1997, 4-1 em 2002, 4-0 em 2004 e 2006; em 2008, pela Copa do Brasil, conseguiu a proeza de sofrer 2-1 para o fraquíssimo Atlético Goianiense, que o eliminaria depois em pleno Olímpico. E não adiantava o time sair de Goiânia: estando em Goiás, a tragédia seguia a mesma – assim, em 2005, no interior daquele Estado, sofreu 4-0 para a Anapolina, o que para muitos foi a mais vergonhosa derrota desde a fundação do clube.
Foi sofrido para todos os gremistas. Foi mais ainda aos de Goiás, tachados, em tom anedótico, de azarados. E seriam o quê? Desde 1996 o Grêmio não vencia um único jogo por lá! Mas insistiam, esses torcedores. Um dia aquela vitória vinha. Mas, passam os anos, passam os jogadores, já diria a Geral, e o que não passava era a sina de maus resultados. Jogos em Goiânia passaram a ser considerados derrota certa, possível goleada, e necessidade de recuperação na rodada seguinte. Gerações cresceram sem lembrança de três pontos conquistados lá. Mesmo os que acreditavam começaram a desistir, era anômalo aquilo se repetir naquela freqüência. Permaneciam confiantes apenas os gremistas goianos, um bando de loucos a comparecer sempre em bom número – mesmo sendo uma vergonha, ainda era uma oportunidade única de ver o time tão próximo.
O trauma desses aficionados acabou ontem. Antes do jogo, falava-se que o Grêmio só poderia ser derrotado pelo Goiás por causa da mística, pois time bom não havia do outro lado. Dessa vez, entretanto, nem a touca resistiu. Os esmeraldinos até levaram perigo, fizeram um primeiro tempo decente, mas paravam nas mãos do goleiro Victor, sofreram o 0-1 quando estavam melhores e, na etapa complementar, foram totalmente dominados. Dois gols de Marcel, um de Thiego, e o tricolor venceu por 0-3. Não foi uma goleada sonora como daquelas que o time sempre levava, impotente, mas foi, ao menos, a desforra daqueles que passaram doze anos na espera para poder vibrar e sair do Serra Dourada com a cabeça erguida. Em Goiás, o Grêmio venceu – finalmente.
“É um sinal, corram para as montanhas.”
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Também no sábado:
Figueirense 3-1 Sport Recife
Flamengo 2-4 São Paulo
Internacional 2-1 Botafogo
Coritiba 0-0 Vitória
Náutico 1-1 Vasco da Gama
Portuguesa 1-0 Atlético Paranaense
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