Esperava-se muito da final do Clausura. Peñarol e River Plate enfim duelariam valendo a taça, justíssimo por tudo que apresentaram durante o torneio. E tudo que se pode esperar de uma final, carboneros e darseneros mostraram para as sessenta mil almas que rumaram ao mítico estádio Centenário.
Primeiro, é indispensável ter doses de surpresa, sofrimento e fidelidade. E foi assim desde o início. Logo aos oito minutos da primeira etapa, Gerardo Alcoba, uma das grandes afirmações do ano no Uruguai, atrapalhou-se com o instável e sincero Nicolás Bigliantti: infeliz gol contra e 1-0 para os de Carrasco. O Peñarol, que jogava bem menos, buscou a igualdade imediatamente, e ela chegou só vinte minutos depois com o mesmo Alcoba, zagueiro perigoso nas duas áreas. 1-1, chute forte com o gol vazio após mais um erro de arqueiro, desta vez de García.
Segundos depois, bola na área mirasol - longe de ser um dos pontos fortes do River - e 2-1 para os vermelhos. Nova falha de Bigliantti, que viu a pelota passar por cima de sua cabeça e calar noventa por cento dos presentes. Torcida que viveu o jogo, outro ponto essencial para uma final. O Peñarol nunca jogou sozinho no Clausura. Apavorado, o guarda-redes aurinegro enterrava o time. Duas falhas em uma final podem e normalmente são irreversíveis.
Mas o pior não chegara. Aos trinta e nove, Nicolás soltou um arremate fraquíssimo e Urretaviscaya ampliou para 3-1 após cruzamento originado da falha. Sincero então, por suas declarações realmente espontâneas: "En medio del partido te juro que pensé en dejar el fútbol porque por culpa mía perdíamos el Clausura. Por suerte, la historia cambió y pude cumplir mi sueño de salir campeón con Peñarol. El Flaco de arriba tenía guardado esto para mí." E após o terceiro gol, se acabó o sofrimento do jovem goleiro - que fez grande atuação na segunda etapa - e da parcialidade amarela e negra.
De uma final também se espera e se idealiza uma remontada heróica, uma volta por cima no placar. Com o gigante triunfando ao fim. E o River Plate novamente tropeçou nos próprios pés. Com 3-1 no placar, seguiu na ofensiva, no tiki-tiki, na velocidade, ignorando maiores precauções defensivas. Assim levou impiedosos seis tentos do Nacional. E assim apanharia de novo para outro grande. Alheia aos famintos atacantes adversários, a defesa darsenera cochilou e Petete Correa, ex-River, reduziu a vantagem com um balaço rente ao poste. Tudo isso, creia, em quarenta e cinco minutos.
Com José María Franco na posição de Correa logo no princípio, o Peñarol assumiu o controle total da partida. O River Plate, se é facilmente perigoso na ofensiva, também é dominado sem maiores suspiros - talvez por isso Carrasco perdeu este título. Antonio Pacheco, remanescente de tempos mais gloriosos, um conhecedor da grandeza do Peñarol, lançou Franco que empatou aos dez minutos. Os raros aficcionados do River já sabiam: não daria mais para segurar. Com a tribuna Amsterdã pulsando, a remontada virou goleada. Pacheco passou de garçom para matador aos trinta e cinco, definindo com fria maestria. E Carlos Bueno, o traidor, que pediu desculpas para meio Uruguai com enorme raça e golos, decretou impressionantes 5-3. De cabeça, sacramentou com classe e dança exótica.
O Peñarol saiu campeão depois de nove torneios e cinco anos. Depois de crises intermináveis, lamentos sem fim e prantos tristes. Na voz da sua torcida e na dignidade dos jogadores e de Saralagui, que vestiram a camisa como se estivessem na arquibancada, o Peñarol regressou às glórias incluindo este Clausura no seu palmarés. E quanto ao River e seu jogo alegre, nada foi em vão. Não restam dúvidas que os 6 e 5-3 animaram o campeonato.
Primeiro, é indispensável ter doses de surpresa, sofrimento e fidelidade. E foi assim desde o início. Logo aos oito minutos da primeira etapa, Gerardo Alcoba, uma das grandes afirmações do ano no Uruguai, atrapalhou-se com o instável e sincero Nicolás Bigliantti: infeliz gol contra e 1-0 para os de Carrasco. O Peñarol, que jogava bem menos, buscou a igualdade imediatamente, e ela chegou só vinte minutos depois com o mesmo Alcoba, zagueiro perigoso nas duas áreas. 1-1, chute forte com o gol vazio após mais um erro de arqueiro, desta vez de García.
Segundos depois, bola na área mirasol - longe de ser um dos pontos fortes do River - e 2-1 para os vermelhos. Nova falha de Bigliantti, que viu a pelota passar por cima de sua cabeça e calar noventa por cento dos presentes. Torcida que viveu o jogo, outro ponto essencial para uma final. O Peñarol nunca jogou sozinho no Clausura. Apavorado, o guarda-redes aurinegro enterrava o time. Duas falhas em uma final podem e normalmente são irreversíveis.
Mas o pior não chegara. Aos trinta e nove, Nicolás soltou um arremate fraquíssimo e Urretaviscaya ampliou para 3-1 após cruzamento originado da falha. Sincero então, por suas declarações realmente espontâneas: "En medio del partido te juro que pensé en dejar el fútbol porque por culpa mía perdíamos el Clausura. Por suerte, la historia cambió y pude cumplir mi sueño de salir campeón con Peñarol. El Flaco de arriba tenía guardado esto para mí." E após o terceiro gol, se acabó o sofrimento do jovem goleiro - que fez grande atuação na segunda etapa - e da parcialidade amarela e negra.
De uma final também se espera e se idealiza uma remontada heróica, uma volta por cima no placar. Com o gigante triunfando ao fim. E o River Plate novamente tropeçou nos próprios pés. Com 3-1 no placar, seguiu na ofensiva, no tiki-tiki, na velocidade, ignorando maiores precauções defensivas. Assim levou impiedosos seis tentos do Nacional. E assim apanharia de novo para outro grande. Alheia aos famintos atacantes adversários, a defesa darsenera cochilou e Petete Correa, ex-River, reduziu a vantagem com um balaço rente ao poste. Tudo isso, creia, em quarenta e cinco minutos.
Com José María Franco na posição de Correa logo no princípio, o Peñarol assumiu o controle total da partida. O River Plate, se é facilmente perigoso na ofensiva, também é dominado sem maiores suspiros - talvez por isso Carrasco perdeu este título. Antonio Pacheco, remanescente de tempos mais gloriosos, um conhecedor da grandeza do Peñarol, lançou Franco que empatou aos dez minutos. Os raros aficcionados do River já sabiam: não daria mais para segurar. Com a tribuna Amsterdã pulsando, a remontada virou goleada. Pacheco passou de garçom para matador aos trinta e cinco, definindo com fria maestria. E Carlos Bueno, o traidor, que pediu desculpas para meio Uruguai com enorme raça e golos, decretou impressionantes 5-3. De cabeça, sacramentou com classe e dança exótica.
O Peñarol saiu campeão depois de nove torneios e cinco anos. Depois de crises intermináveis, lamentos sem fim e prantos tristes. Na voz da sua torcida e na dignidade dos jogadores e de Saralagui, que vestiram a camisa como se estivessem na arquibancada, o Peñarol regressou às glórias incluindo este Clausura no seu palmarés. E quanto ao River e seu jogo alegre, nada foi em vão. Não restam dúvidas que os 6 e 5-3 animaram o campeonato.
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