Enfim começou a Eurocopa, enfim um jogo digno de aparecer como parte da disputa de um dos maiores troféus internacionais do futebol. O Holanda e Itália se anunciava com pompas de ser o melhor de todos os jogos disputados em gramados austro-suíços neste 2008 – confirmou. E que o placar elástico não engane: a Itália, apesar de destroçada no marcador, fez uma atuação sólida.
Sólida, todavia inferior. Os laranjas foram senhores do confronto na metade inicial de partida e isso pesou decisivamente na construção da história do primeiro grande jogo do torneio. Aos 17 minutos, Van Nistelrooy tentou driblar o goleiro Buffon, desequilibrou-se, podia ter pedido pênalti, mas insistiu. Ainda que a jogada tenha fracassado no fim, serviu para dar o sinal. A Holanda passou a acumular chances: um minuto depois, Sneijder voleou de fora da área por cima da meta. Pouco mais tarde, num levantamento à área da azzurra, Materazzi quase fez contra. Estava difícil para os italianos segurarem, e mais difícil ficou quando o bandeira resolveu dar uma mãozinha para os holandeses, validando o gol de Van Nistelrooy aos 26 minutos, quando este, em impedimento, desviou ao fundo da goleira uma sobra na pequena área. O artilheiro do Real Madrid ainda olhou para o árbitro assistente antes de sair vibrando – o problema não era seu.
O gol não abalou a Itália, que já se conformara com a pressão. Os atuais campeões do mundo foram para cima, e então se depararam com outra arma letal: o quadro treinado por Van Basten não é apenas um primor ofensivo, mas também um exímio construtor de contragolpes. O 2-0 nasceu assim, no minuto 31, quando Van Bronckhorst salvou sobre a linha o que seria o empate da Itália – a bola voou para o contra-ataque pela esquerda, já passara ao campo adversário quando um novo cruzamento a mandou à direita, do lado da área, para uma assistência de cabeça. Dentro do quadrilátero defensivo italiano carente de zagueiros, que ainda tentavam retornar, Sneijder completou (foto).
Nos quarenta e cinco minutos finais, os italianos tentavam de todas as formas chegar ao ataque, mas esbarravam nas estúpidas jogadas de Ambrosini, nos desperdícios de um irreconhecível Luca Toni e, principalmente, nas grandes defesas de Van der Sar. Foi das mãos do goleiro do Manchester United campeão europeu que nasceu um novo contra-ataque: o dos 3-0. Passavam 79 minutos de tempo corrido quando o camisa 1 salvou cobrança de falta italiana, espalmando. Da sobra de bola veio outra investida veloz. Em poucos toques, e aí havia a velocidade que horas antes faltara à França, os neerlandeses se viam novamente na área de Buffon. Num primeiro momento, o arqueiro italiano salvou. Mas o seu rebote não foi pego pelos companheiros. Sobrou para a Holanda, na direita, e veio cruzamento. Van Bronckhorst subiu para mandar de cabeça e fechar os 3-0.
Um jogaço no Stade de Suisse em Berna. Uma mostra de força impressionante da Holanda. E para a Itália, ainda que tenha sido uma apresentação decente, um resultado alarmante. Bom, costuma-se dizer que os italianos, quando são campeões, vêm de períodos de crise em seu futebol. Numa azzurra em que a calmaria predominava até aqui, surge a esperada crise. Está tudo pronto para ser campeã.
Ou não.
Sólida, todavia inferior. Os laranjas foram senhores do confronto na metade inicial de partida e isso pesou decisivamente na construção da história do primeiro grande jogo do torneio. Aos 17 minutos, Van Nistelrooy tentou driblar o goleiro Buffon, desequilibrou-se, podia ter pedido pênalti, mas insistiu. Ainda que a jogada tenha fracassado no fim, serviu para dar o sinal. A Holanda passou a acumular chances: um minuto depois, Sneijder voleou de fora da área por cima da meta. Pouco mais tarde, num levantamento à área da azzurra, Materazzi quase fez contra. Estava difícil para os italianos segurarem, e mais difícil ficou quando o bandeira resolveu dar uma mãozinha para os holandeses, validando o gol de Van Nistelrooy aos 26 minutos, quando este, em impedimento, desviou ao fundo da goleira uma sobra na pequena área. O artilheiro do Real Madrid ainda olhou para o árbitro assistente antes de sair vibrando – o problema não era seu.
O gol não abalou a Itália, que já se conformara com a pressão. Os atuais campeões do mundo foram para cima, e então se depararam com outra arma letal: o quadro treinado por Van Basten não é apenas um primor ofensivo, mas também um exímio construtor de contragolpes. O 2-0 nasceu assim, no minuto 31, quando Van Bronckhorst salvou sobre a linha o que seria o empate da Itália – a bola voou para o contra-ataque pela esquerda, já passara ao campo adversário quando um novo cruzamento a mandou à direita, do lado da área, para uma assistência de cabeça. Dentro do quadrilátero defensivo italiano carente de zagueiros, que ainda tentavam retornar, Sneijder completou (foto).
Nos quarenta e cinco minutos finais, os italianos tentavam de todas as formas chegar ao ataque, mas esbarravam nas estúpidas jogadas de Ambrosini, nos desperdícios de um irreconhecível Luca Toni e, principalmente, nas grandes defesas de Van der Sar. Foi das mãos do goleiro do Manchester United campeão europeu que nasceu um novo contra-ataque: o dos 3-0. Passavam 79 minutos de tempo corrido quando o camisa 1 salvou cobrança de falta italiana, espalmando. Da sobra de bola veio outra investida veloz. Em poucos toques, e aí havia a velocidade que horas antes faltara à França, os neerlandeses se viam novamente na área de Buffon. Num primeiro momento, o arqueiro italiano salvou. Mas o seu rebote não foi pego pelos companheiros. Sobrou para a Holanda, na direita, e veio cruzamento. Van Bronckhorst subiu para mandar de cabeça e fechar os 3-0.
Um jogaço no Stade de Suisse em Berna. Uma mostra de força impressionante da Holanda. E para a Itália, ainda que tenha sido uma apresentação decente, um resultado alarmante. Bom, costuma-se dizer que os italianos, quando são campeões, vêm de períodos de crise em seu futebol. Numa azzurra em que a calmaria predominava até aqui, surge a esperada crise. Está tudo pronto para ser campeã.
Ou não.
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