segunda-feira, 9 de junho de 2008

Na rodada da polêmica, 30 gols

GRÊMIO 2-1 FLUMINENSE
1-0: 23 min. Perea (G)
2-0: 54 min. Perea (G)
2-1: 78 min. Dodô (F)

Como treinador do Fluminense, Renato Portaluppi, campeão da América e do Mundo pelo Grêmio em 1983. Como jogador do outro lado, Roger, da campanha vencedora da Libertadores de 1995. Nas arquibancadas, de espectador, Jardel, outro histórico de 1995. O dia dos gremistas encontrarem seus ídolos terminou com glória para o colombiano Perea, artilheiro da equipe na atual temporada, autor do doblete que valeu os três pontos no domingo. O Fluminense veio a Porto Alegre com a equipe titular, a finalista do continente, mas sem essa atitude – vontade mesmo só se veria após a entrada dos obscuros Maurício e Tartá, buscando afirmação, no segundo tempo. Não houve dificuldades para os gaúchos abrirem vantagem e segurá-la, especialmente depois da expulsão de Thiago Neves, pouco depois do 2-0. O gol marcado por Dodô em cobrança de pênalti não impediu a derrota nem mudou a situação: quando sair do seu doce sonho sul-americano, o Fluminense se descobrirá na lanterna do Brasileirão, por enquanto com 1 ponto em cinco rodadas. O Grêmio é 4º colocado, tem 10 unidades.

PORTUGUESA 3-1 INTERNACIONAL
0-1: 8 min. Nilmar (I)
1-1: 46 min. Washington (P)
2-1: 55 min. Bruno Rodrigo (P)
3-1: 65 min. Diogo (P)

Sem treinador, o Internacional repetiu duas constantes: uma de toda a temporada, fracassando fora de casa, outra mais recente, a de sair liderando a contagem para depois sofrer uma reação. Outra vez, o Colorado voltou do vestiário para o insucesso. Um gol no primeiro minuto da etapa complementar começou a desmanchar as coisas, sendo o desastre consumado pouco depois. O terceiro gol veio num pênalti, apenas para sentenciar a contagem da tarde. No fim, Alex ainda veria o cartão vermelho, para estender as preocupações dessa tarde à próxima rodada, com um importante desfalque. A Lusa obteve sua vitória número um na competição e subiu ao 14º lugar, com 5 pontos. O Inter foi ao rebaixamento, é 17º colocado, soma 4 unidades, e não vence desde a primeira rodada.

SPORT RECIFE 2-0 PALMEIRAS
1-0
: 58 min. Luciano Henrique (S)
2-0: 86 min. Roger (S)

Contra o mistão do Sport, Palmeiras! Certamente a realidade dos comandados de Luxemburgo, muitos com a cabeça em outras praças, embora ainda vistam a camisa alviverde (ou, no caso de ontem, a camisa cor-de-caneta-marca-texto), está muito aquém das possibilidades de um elenco tão aclamado. Contra o mistão do Sport! Assim o Palmeiras caiu mais uma vez na Ilha do Retiro, e ficou num triste meio de tabela, em 10º lugar, com 7 pontos. Os pernambucanos, a quem o placar de ontem é justamente o que se precisa aplicar no Corinthians para erguer a Copa do Brasil, ficam na 6ª posição, com 8 unidades.

ATLÉTICO PARANAENSE 5-0 GOIÁS
1-0
: 11 min. Antônio Carlos (A)
2-0: 35 min. Alan Bahia (A)
3-0: 64 min. Alan Bahia (A)
4-0: 76 min. Marcelo Ramos (A)
5-0: 81 min. Pedro Oldoni (A)

O Atlético encontrou um oponente sério no primeiro tempo, teve dificuldades – e mesmo assim fez 2-0. A etapa complementar, quando o Goiás se destruiu totalmente, foi, portanto, uma festa. Festa que terminou na terceira goleada da rodada encerrada com cinco gols em favor do time da casa. Serviu também para levar o Furacão a 8 pontos, e à 5ª posição. Os goianos, como em 2007, caminham para uma cruel luta contra o descenso. Terminaram a rodada com 3 pontos, todos obtidos em empates, e na 19ª posição. Seus companheiros de rebaixamento são o Inter, o Santos e o Fluminense – os três vistos como times com capacidades de recuperação, o que definitivamente não ocorre com o esmeraldino.

VITÓRIA 1-0 SANTOS
1-0: 24 min. Dinei (V)

Ao fim do jogo, o treinador estreante Cuca reclamou da arbitragem. Clichê. Muda o clube, seguem as reclamações. A derrota do Santos, iniciada com gol no primeiro tempo, só foi garantida, na visão do treinador, graças à expulsão “injusta” de Wesley aos 52 minutos. Possibilidades à parte, o domingo terminou com o apenas mediano Vitória se sustentando num 8º lugar, com 7 pontos. O Santos empatou com o Internacional em todos os quesitos, sendo 17º colocado, e aparecendo no rebaixamento. Não permanecerá por lá, mas o início é desanimador, de qualquer maneira.

BOTAFOGO 2-1 CORITIBA
1-0
: 19 min. Carlos Alberto (B)
1-1: 66 min. Hugo (C)
2-1: 85 min. Lúcio Flávio (B)

Dois gols de pênalti no segundo tempo, um para cada lado, concluíram a vitória que Carlos Alberto começara a construir nos três quartos de hora iniciais. Em noite de boa atuação, o jogador conseguiu estragar parte do que fez levando um cartão vermelho bobo no fim da partida, por falta no meio de campo... Interessa apenas que o Bota subiu a 7 pontos e ao 9º lugar. O Coritiba, cujo time vem sendo elogiado, tem sofrido com as pedreiras das rodadas iniciais, venceu apenas uma vez, somou 5 pontos e, por agora, não passa de um 13º lugar.

CRUZEIRO 1-0 VASCO DA GAMA
1-0: 71 min. Charles (C)

O Cruzeiro massacrou o Vasco. Foi senhor da partida, criou chances, chances, chances de gol aos montes. Até pênalti perdeu! E só foi conquistar os três pontos graças a um lance que roubou a cena e se firmou como o mais discutido do Brasileirão neste ano. Afinal, o que o juiz teria marcado na jogada que originou o tiro livre indireto e o subseqüente tento cruzeirense? A regra, descobriu-se em meio às opiniões, prevê realmente a marcação de infração em lances do tipo, afirmando que a concessão do tiro livre indireto se dará por uma entre cinco possíveis faltas cometidas pelo goleiro, entre elas, voltar a tocar a bola com as mãos depois de havê-la posto em jogo e sem que qualquer outro jogador a tenha tocado. A grande questão ficou em torno da interpretação do árbitro Wilson Souza de Mendonça, uma vez que o lance, mais parecido com uma defesa em dois tempos do que qualquer tentativa de burlar a regra, é marcado de nunca em nunca ao redor do mundo. Enfim, o Cruzeiro aproveitou a jogada para fazer o gol, vencer, subir a 13 pontos e empatar com o líder Flamengo. O jogo pode ter acabado, mas a polêmica seguirá pela semana. Bom para esquentar de vez o Brasileiro, que também teve a volta de uma média de gols digna – trinta em dez partidas nessa rodada, três por jogo.

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