Da sua casamata no estádio Wörthersee, em Klagenfurt, o treinador holandês Leo Beenhakker, da Polônia, gesticulava. Apontava ao ataque, movimentava seus braços como se quisesse enfatizar a frase: pra cima deles! Era o segundo tempo do jogo, a Alemanha vencia por 1-0, mas os poloneses tinham boas possibilidades, mantendo um volume de jogo maior e criando esporadicamente um número superior de oportunidades – superior, mas ainda pouco. Por isso Beenhakker tentava aumentar o ímpeto dos seus atletas.Chegou a se aproximar do êxito na sua tentativa aos 61 minutos, quando Smolarek recebeu um passe livre na área, chutou na saída de Lehmann, acertou a trave e, no rebote, mandou para o gol. No momento em que concluiu a sobra para o fundo das redes, o polonês já sabia que o lance não valia. Ainda assim ficou a decepção – o impedimento foi marcado por sempre duvidosos centímetros.
De qualquer forma, terminou como mais uma grande chance perdida. E desperdiçar oportunidades diante da Alemanha, a maior vencedora de Eurocopas, nunca é um bom negócio. Podolski, autor do 1-0 no minuto 20, reapareceu aos 72 para fechar o placar. O primeiro gol ele comemorou com lágrimas de emoção; o segundo, com beijos para a torcida. Nascido na Polônia, contra o país-natal, o jogador dava a vitória àquela que escolheu por sua pátria. Totalmente alemão, como se define, Lukas Podolski fez a favorita triunfar.
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