Galatto entrou para a galeria de heróis eternos do Grêmio graças a um pênalti. Não um pênalti qualquer, claro: o mais importante da história do clube, aquele que definiria se o tricolor permaneceria mais um ano na Série B, fadado a um longo ciclo fracassado e retorno futuro incerto (vide Bahia), ou se subiria à elite e poderia voltar aos tempos de grandeza (como se confirmaria plenamente em 2007, com a campanha vice-campeã da América). Foi na Batalha dos Aflitos, contra o Náutico, com o Grêmio tendo sete homens em campo e dois pênaltis contra (o primeiro havia sido morto pela trave), que Galatto fez, com as pernas, a defesa imortal. 71 segundos depois, Anderson converteria o inacreditável 0-1, dando ao time gaúcho o acesso – e o título.
Galatto nunca mais pegaria um pênalti pelo Grêmio.
Em 2006, as constantes lesões acabariam com sua melhor seqüência. Nos retornos, falhas que fizeram a fila de goleiros do Olímpico voltar a andar, numa constante interminável da era pós-Danrlei. Naquele ano, Marcelo Grohe e Cássio (este, em raríssimas ocasiões) concorreriam pela camisa 1. Na temporada seguinte, Sebastian Saja tomou a idolatria na posição, até gol fez e só não renovou pela soma de sua lesão no fim do ano com os obstáculos impostos pelo San Lorenzo para a sua contratação. Sairia o argentino, sairia também Galatto.
Reduzido a esquenta-banco, ele foi liberado para que pudesse tentar a sorte em outras bandas. Despediu-se com reconhecimento interminável e promessas de portas sempre abertas no clube. Goleiro hoje com 25 anos, tinha toda a carreira pela frente – e já havia feito história. Segue, porém, tentando “não ser lembrado por apenas uma defesa”, como repetiu várias vezes. Nessa busca, assinou com o Atlético Paranaense para a temporada atual.
Ontem, Galatto, o herói de uma defesa, de um pênalti numa jornada épica, fez a primeira partida da sua carreira profissional como adversário do Grêmio. Conhecendo a ironia do futebol, teve três pênaltis contra. E não pegou nem um tiro. Roger fez hat-trick, os gaúchos fizeram 3-0 no Atlético, e o goleiro recebeu homenagens. Parabenizou a torcida que tanto o ovacionou, questionou as marcações do árbitro, fez uma atuação segura com a bola rolando.
Mas a imagem mais simbólica do domingo foi a do terceiro gol. Sobre a linha, Galatto se desmanchava diante da paradinha fatal do camisa 10 gremista. Ele, louvado no passado pela frieza e capacidade em lances desde os onze metros, estava agora impotente frente a uma cobrança de pênalti. Uma evocação da luta inglória para não mais viver do passado.
Galatto nunca mais pegaria um pênalti pelo Grêmio.
Em 2006, as constantes lesões acabariam com sua melhor seqüência. Nos retornos, falhas que fizeram a fila de goleiros do Olímpico voltar a andar, numa constante interminável da era pós-Danrlei. Naquele ano, Marcelo Grohe e Cássio (este, em raríssimas ocasiões) concorreriam pela camisa 1. Na temporada seguinte, Sebastian Saja tomou a idolatria na posição, até gol fez e só não renovou pela soma de sua lesão no fim do ano com os obstáculos impostos pelo San Lorenzo para a sua contratação. Sairia o argentino, sairia também Galatto.
Reduzido a esquenta-banco, ele foi liberado para que pudesse tentar a sorte em outras bandas. Despediu-se com reconhecimento interminável e promessas de portas sempre abertas no clube. Goleiro hoje com 25 anos, tinha toda a carreira pela frente – e já havia feito história. Segue, porém, tentando “não ser lembrado por apenas uma defesa”, como repetiu várias vezes. Nessa busca, assinou com o Atlético Paranaense para a temporada atual.
Ontem, Galatto, o herói de uma defesa, de um pênalti numa jornada épica, fez a primeira partida da sua carreira profissional como adversário do Grêmio. Conhecendo a ironia do futebol, teve três pênaltis contra. E não pegou nem um tiro. Roger fez hat-trick, os gaúchos fizeram 3-0 no Atlético, e o goleiro recebeu homenagens. Parabenizou a torcida que tanto o ovacionou, questionou as marcações do árbitro, fez uma atuação segura com a bola rolando.
Mas a imagem mais simbólica do domingo foi a do terceiro gol. Sobre a linha, Galatto se desmanchava diante da paradinha fatal do camisa 10 gremista. Ele, louvado no passado pela frieza e capacidade em lances desde os onze metros, estava agora impotente frente a uma cobrança de pênalti. Uma evocação da luta inglória para não mais viver do passado.
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Toda a rodada:
Coritiba 2-1 Fluminense: após sete rodadas, o finalista brasileiro da Libertadores é o único time da Série A sem vitória, ocupando uma chata lanterna. O triunfo do Coxa demorou, veio somente com um gol de pênalti aos 85 minutos, mas representou um salto para sete posições acima na tabela, indo ao 9º lugar.
São Paulo 1-0 Sport Recife: da zona de rebaixamento às proximidades do G4 da Libertadores em poucas rodadas, e continua a ascensão do tricolor paulista, hoje 6º colocado, após três vitórias consecutivas no campeonato. No sábado, um digno Sport só cedeu os pontos aos 90 minutos, quando Hugo fez o solitário gol do duelo.
Cruzeiro 3-0 Figueirense: mais um massacre na conta do Figueira, dono da pior defesa isolada do campeonato, com 19 gols sofridos em sete rodadas. Ao Cruzeiro, a manutenção no topo da classificação, somando no sábado os 16 pontos que, ontem, Flamengo e Grêmio igualariam.
Botafogo 0-1 Portuguesa: atacando pouco, mas com eficiência, a Lusa transformou cedo em gol uma das suas únicas investidas em toda a partida. Manteve-se num saudável meio de tabela, em 8º lugar, e deixou os cariocas na beira do rebaixamento, em 16º.
Vasco da Gama 0-2 Palmeiras: quarta vitória de um Palmeiras na busca por resultados condizentes com a anunciada força do time. Por ora, 13 pontos e um 5º lugar que permite sonhar. Cotado para a disputa de quase nada antes do Brasileirão começar, o Vasco não é surpresa negativa com sua 12ª posição.
Ipatinga 1-3 Flamengo: Kléberson fez um gol aos 90+1 minutos de partida, fechando o placar e, mesmo sem saber, acabou dando a liderança provisória do campeonato ao Fla. O rubro-negro tem os mesmos 16 pontos de Grêmio e Cruzeiro, empata com os gaúchos num saldo positivo de 9 tentos (os mineiros têm 8) e leva vantagem nos gols marcados: 16 a 12. Do outro lado, o Ipatinga volta a aparecer onde deve – no rebaixamento.
Vitória 2-1 Internacional: Erros, erros, erros defensivos e novo insucesso Colorado longe de casa na competição. Se os baianos entraram na Série A desacreditados e estão atualmente no 7º lugar, o Inter não corresponde às capacidades do elenco, e está numa amarga 15ª colocação. A esperança é arrumar a casa no Gre-Nal.
Santos 0-4 Goiás: antes parecia apenas uma hipótese improvável. Depois de levar quatro do Goiás, que não havia vencido time algum, em plena Vila Belmiro, é melhor o Santos repensar sobre suas possibilidades de rebaixamento. O Peixe ficou no 18º lugar, empatado com o Ipatinga em tudo, e o Goiás não subiu muito: é apenas 17º.
Náutico 2-1 Atlético Mineiro: quatro vitórias e uma mísera derrota em sete rodadas dizem tudo sobre o formidável começo de campeonato do alvirrubro pernambucano. O 4º lugar alcançado pelo Timbu dá um ânimo para o clube sonhar com coisas grandes – bem diferente do Galo e sua insossa campanha de 10º colocado.
São Paulo 1-0 Sport Recife: da zona de rebaixamento às proximidades do G4 da Libertadores em poucas rodadas, e continua a ascensão do tricolor paulista, hoje 6º colocado, após três vitórias consecutivas no campeonato. No sábado, um digno Sport só cedeu os pontos aos 90 minutos, quando Hugo fez o solitário gol do duelo.
Cruzeiro 3-0 Figueirense: mais um massacre na conta do Figueira, dono da pior defesa isolada do campeonato, com 19 gols sofridos em sete rodadas. Ao Cruzeiro, a manutenção no topo da classificação, somando no sábado os 16 pontos que, ontem, Flamengo e Grêmio igualariam.
Botafogo 0-1 Portuguesa: atacando pouco, mas com eficiência, a Lusa transformou cedo em gol uma das suas únicas investidas em toda a partida. Manteve-se num saudável meio de tabela, em 8º lugar, e deixou os cariocas na beira do rebaixamento, em 16º.
Vasco da Gama 0-2 Palmeiras: quarta vitória de um Palmeiras na busca por resultados condizentes com a anunciada força do time. Por ora, 13 pontos e um 5º lugar que permite sonhar. Cotado para a disputa de quase nada antes do Brasileirão começar, o Vasco não é surpresa negativa com sua 12ª posição.
Ipatinga 1-3 Flamengo: Kléberson fez um gol aos 90+1 minutos de partida, fechando o placar e, mesmo sem saber, acabou dando a liderança provisória do campeonato ao Fla. O rubro-negro tem os mesmos 16 pontos de Grêmio e Cruzeiro, empata com os gaúchos num saldo positivo de 9 tentos (os mineiros têm 8) e leva vantagem nos gols marcados: 16 a 12. Do outro lado, o Ipatinga volta a aparecer onde deve – no rebaixamento.
Vitória 2-1 Internacional: Erros, erros, erros defensivos e novo insucesso Colorado longe de casa na competição. Se os baianos entraram na Série A desacreditados e estão atualmente no 7º lugar, o Inter não corresponde às capacidades do elenco, e está numa amarga 15ª colocação. A esperança é arrumar a casa no Gre-Nal.
Santos 0-4 Goiás: antes parecia apenas uma hipótese improvável. Depois de levar quatro do Goiás, que não havia vencido time algum, em plena Vila Belmiro, é melhor o Santos repensar sobre suas possibilidades de rebaixamento. O Peixe ficou no 18º lugar, empatado com o Ipatinga em tudo, e o Goiás não subiu muito: é apenas 17º.
Náutico 2-1 Atlético Mineiro: quatro vitórias e uma mísera derrota em sete rodadas dizem tudo sobre o formidável começo de campeonato do alvirrubro pernambucano. O 4º lugar alcançado pelo Timbu dá um ânimo para o clube sonhar com coisas grandes – bem diferente do Galo e sua insossa campanha de 10º colocado.
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