Após uma disputa ponto a ponto pelo topo da tabela, a rodada final do Campeonato Argentino da temporada 2007/08 consagrou a equipe mais regular de todas: o Boca Juniors aplicou 6-2 no Tigre e confirmou um ponto de vantagem sobre o Estudiantes de La Plata: 70 a 69. Erguida em casa, sob ovações do público, a taça foi um justo prêmio para um meio de ano em que, se faltou a conquista Libertadores, haviam os números ao lado do time: mais vitórias, melhor ataque e melhor defesa nas 38 jornadas da liga.
Atrás do Boca e do Estudiantes, também indo à Libertadores, aparecem River Plate (outro que perseguiu o título de perto, com 66 pontos, depois de um mau começo), San Lorenzo e o surpreendente Argentinos Juniors, classificado à fase preliminar. À Copa Sul-Americana, além do já confirmado Arsenal de Sarandí (mero 13º do campeonato, mas com vaga garantida por ser atual campeão), irão Independiente, Vélez Sarsfield, Lanús, Newell’s Old Boys, Tigre e Banfield. Cabe aí ressaltar a decadência do Lanús, líder no primeiro turno do campeonato, apenas 8º colocado no fim das contas, largos 14 pontos atrás do Boca.
Mais abaixo, pelo rebaixamento, confirmou-se que Racing Club e Gimnasia y Esgrima La Plata jogarão o torneio da Promoción, contra duas equipes vindas da categoria inferior. Desgraçados pelo descenso direto foram o Gimnasia de Jujuy e o San Martín de San Juan – este, o único time vindo da segunda divisão na temporada anterior a não conseguir se manter. A tabela completa:Pelo segundo semestre se iniciará a temporada 2008/09 do Campeonato Argentino, com suas 38 rodadas e sua disputa para coroar o único e máximo campeão nacional dentro de um ano.
* * *
Isso tudo é um mero exercício de imaginação, claro. A foto que ilustra este post é do Boca Juniors campeão da Recopa Sul-Americana em 2006 e a rodada final nem de longe serviu para definir o título máximo. Teria sido assim se a Argentina seguisse uma tabela anual, com classificação coerente e pontuação mantida pela temporada inteira.
Sabemos que não é o que acontece. Por lá, e agora falemos sério, imperam os campeonatos divididos em Apertura e Clausura, sem final entre os vencedores de cada estágio, além de intermináveis cálculos de média para definir rebaixados e classificados às competições sul-americanas.
O modelo permite distorções: melhor em todo o 2007/08 e suposto campeão deste post, o Boca não levou nenhum dos troféus do ano. Por outro lado, o Lanús, campeão do Apertura 2007, certamente não faria um segundo turno tão ruim se aquelas 19 partidas iniciais não valessem por um campeonato inteiro. O título Clausura 2008 foi para o histórico do River Plate, campeão nacional real apesar de um passado que o condena – havia sido 14º colocado no primeiro turno e, como a tabela anual mostra, não conseguiria se recuperar para levantar a taça, embora tenha passado perto.
As vagas na América ou na segunda divisão, cujos donos seriam tão identificáveis numa tabela comum, seguem critérios diversos. O rebaixamento foi definido pela média nos últimos 6 campeonatos (3 Aperturas e 3 Clausuras), derrubando diretamente o Olimpo e o San Martín, e levando à Promoción o Racing Club (infelizmente para o gigante, nem a tabela fictícia nem a de fato mudaram sua tragédia) e o Gimnasia de Jujuy. As vagas na Copa Sul-Americana 2008 serão do Boca Juniors, River Plate (ambos convidados pela CONMEBOL), do Arsenal de Sarandí (atual campeão) e de Estudiantes, San Lorenzo, Argentinos Juniors e Independiente, pela tabela anual.
Para a Libertadores... nada definido! Lanús e River Plate, campeões do Apertura 2007 e Clausura 2008, respectivamente, têm lugar garantido, e ainda restarão três vagas: uma será do vencedor do Apertura 2008; as outras duas virão de uma nova tabela de médias entre esses três últimos torneios (Ap/07, Cl/08 e Ap/08). Essas matemáticas só terminarão pelo fim do ano, já que restam 19 jogos de uma nova temporada por se disputar. Uma festa de formulismo, de dar inveja aos “áureos” tempos em que a CBF mandava e desmandava na nossa Série A. Até dezembro, tome cálculos desesperados e um segundo campeão no mesmo ano – não sem reclamações.
Sabemos que não é o que acontece. Por lá, e agora falemos sério, imperam os campeonatos divididos em Apertura e Clausura, sem final entre os vencedores de cada estágio, além de intermináveis cálculos de média para definir rebaixados e classificados às competições sul-americanas.
O modelo permite distorções: melhor em todo o 2007/08 e suposto campeão deste post, o Boca não levou nenhum dos troféus do ano. Por outro lado, o Lanús, campeão do Apertura 2007, certamente não faria um segundo turno tão ruim se aquelas 19 partidas iniciais não valessem por um campeonato inteiro. O título Clausura 2008 foi para o histórico do River Plate, campeão nacional real apesar de um passado que o condena – havia sido 14º colocado no primeiro turno e, como a tabela anual mostra, não conseguiria se recuperar para levantar a taça, embora tenha passado perto.
As vagas na América ou na segunda divisão, cujos donos seriam tão identificáveis numa tabela comum, seguem critérios diversos. O rebaixamento foi definido pela média nos últimos 6 campeonatos (3 Aperturas e 3 Clausuras), derrubando diretamente o Olimpo e o San Martín, e levando à Promoción o Racing Club (infelizmente para o gigante, nem a tabela fictícia nem a de fato mudaram sua tragédia) e o Gimnasia de Jujuy. As vagas na Copa Sul-Americana 2008 serão do Boca Juniors, River Plate (ambos convidados pela CONMEBOL), do Arsenal de Sarandí (atual campeão) e de Estudiantes, San Lorenzo, Argentinos Juniors e Independiente, pela tabela anual.
Para a Libertadores... nada definido! Lanús e River Plate, campeões do Apertura 2007 e Clausura 2008, respectivamente, têm lugar garantido, e ainda restarão três vagas: uma será do vencedor do Apertura 2008; as outras duas virão de uma nova tabela de médias entre esses três últimos torneios (Ap/07, Cl/08 e Ap/08). Essas matemáticas só terminarão pelo fim do ano, já que restam 19 jogos de uma nova temporada por se disputar. Uma festa de formulismo, de dar inveja aos “áureos” tempos em que a CBF mandava e desmandava na nossa Série A. Até dezembro, tome cálculos desesperados e um segundo campeão no mesmo ano – não sem reclamações.
Um comentário:
Sou um apaixonado pelos "torneos cortos" e pelas médias de rebaixamento. Acho que os argentinos - e os uruguaios - estão certos; e a Europa, equivocada.
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