Se ousadia é a marca do Zenit, com goleadas sobre adversários ditos mais fortes e classificações improváveis, a final desta temporada da Copa da UEFA será um notável contraste de atitudes. Em Manchester, os russos serão desafiados (ou desafiarão, dadas as investidas das equipes) pelo Glasgow Rangers, um retranqueiro nato.
Hoje, o time escocês obteve sua vaga fora de casa, eliminando a Fiorentina nas penalidades máximas, por 4-2. Os resultados que levaram a definição aos onze metros? Zero a zero na ida e na volta. No primeiro jogo, por sinal, até houve um esforço do Rangers para manter o empate, como se o fato de jogar em seu estádio fosse indiferente para buscar um triunfo.
O futebol defensivista é uma marca dos clubes da Escócia, e vem sendo especialmente nítido nesta campanha do Rangers. Depois de eliminado na primeira fase da Champions League, o time entrou diretamente na terceira fase da Copa da UEFA e, desde então, nos mata-matas, vem impondo um jogo de poucos gols mas muita solidez: na corrida até a final, foram disputadas oito partidas, com apenas cinco gols convertidos e dois sofridos.
É na perspectiva do encontro de dois esquemas bem armados, porém antagônicos, que a segunda final continental européia em importância se constrói. No estádio City of Manchester, pelo título, o estilo atacante do Zenit tentará se sobrepor aos de Glasgow, cuja muralha humana vem se mostrando perigosamente vencedora. Há quem despreze o futebol retranqueiro. O Rangers ri e aponta para a taça.
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