segunda-feira, 19 de maio de 2008

Por raiva

Os históricos campeões de 89

Assim Gonzalo Noguera, o arqueiro do Club Atlético Progreso, quadro dos mais tradicionais entre os pequenos uruguaios, definiu a vitória por 3-1 que destruiu as ilusões de título do Nacional. O sentimento tem explicação: o momento é absurdamente desalentador para los gauchos del Pantanoso, flamante campeão uruguaio de 1989.

A rodada anterior confirmou o rebaixamento do Progreso, que caiu diante do Rampla Juniors. A equipe de origem anarquista e que tem como apaixonado mais ilustre o presidente do Uruguai, Tabaré Vazquéz, fez campanha honrosa no Clausura, ocupando a sétima colocação - insuficiente, já que a pontuação no Apertura foi desastrosa.

Os dias seguintes após a queda foram de lamentos intermináveis e situações constrangedoras. O elenco treinou apenas duas vezes antes da partida contra o tricolor, faltou água no Parque Paladino e segundo Noguera, diversos jogadores entram em campo "piensando en romperla en el partido para irse lo antes posible." Para completar a calamidade, os salários atrasados completaram três meses.

A indignação ficou explícita no confronto. O Nacional, que jogava o campeonato, foi surpreendido por um rival que nada tinha a fazer além de cumprir tabela, mas que por honra, fúria ou vergonha entrou na cancha avassalador.

O 3-1 como visitante é o único capítulo merecedor de destaque no sombrio ano do Progreso, que afundado em dívidas e mal administrado, abandona a elite do futebol nacional sem perspectiva nem esperança. Ao menos restou a valentia, eternizada na partida, de quem buscou defender o aurirrojo do Pantonoso como foi possível.

Foto: www.caprogreso.com

Um comentário:

Anônimo disse...

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