Na noite anterior ao jogo, foguetório no hotel onde o Inter se hospedava, para impedir o sono dos colorados. Inútil. Driblando a atitude lamentável de alguns aficionados do Sport, que faziam represália ao ocorrido em Porto Alegre, o time gaúcho trocara de pousada às escuras, para surpresa geral. Ao contrário do que aqueles torcedores pensavam, não era jogo para começar a vencer fora da Ilha do Retiro.
O 1-0 desfavorável aos pernambucanos só poderia ser revertido no campo. Assim foram 31.555 espectadores, expectantes, ao estádio. Fariam jus ao fato de a imprensa gaúcha chamar a Ilha de a Bombonera Nordestina. Desde o início da partida, cantaram. Logo no início dela, vibraram. Com três minutos, Leandro Machado cabeceou para o fundo das redes do Inter um cruzamento de Luisinho Netto, abrindo o placar. Era cedo. O jogo ainda estava sem uma cara definida, aberto, de alternância. Os gaúchos cresceriam a seguir, dominaram o meio de campo e mandaram até o fim do primeiro tempo. Com meia hora de jogo, encontraram o prêmio, pondo o 1-1 no placar após extraordinária jogada de Sidnei, encerrada com gol do próprio após algumas rebatidas da zaga local. O Inter imbatível dava sinal de vida, e agora só cairia com mais dois tentos dos de Recife.
Parecia muito, mas não era. Precisar de dois gols significava apenas a repetição, ao Sport, da necessidade do início do encontro. Havia menos tempo, sim, somente 45 minutos, mas em contrapartida, existia mais ímpeto. Favorecido pelo desmantelamento do Colorado, que acabaria o jogo com os desconhecidos Derley e Pessanha (com dois esses) no gramado, o Sport virou dono da partida na etapa final. Empurrado pela torcida, aparentava tranqüilidade, apesar da dificuldade do momento.
Como um menino que se diverte a queimar formigas com lupa, o onze pernambucano construía a lenta agonia de um Internacional indefeso. Aos 61 minutos, Carlinhos Bala bateu cruzado, Roger chegou pelo meio da área e apenas completou para a meta aberta: 2-1. Com a expulsão de Luciano Henrique sendo um mero detalhe que não mudou sua superioridade, o Sport continuou com a lupa nas mãos. Aos 75, Clemer fez um milagre à Gordon Banks em cabeçada de Durval, daquelas defesas para o torcedor afirmar: depois dessa, não passa mais nada hoje.
Àquela altura, o Inter era a pobre formiguinha tentando os últimos esforços para mudar seu destino – se houve um momento em todas essas quartas-de-final para dissuadir o alvirrubro do seu sonho copeiro, foi aquele; falhar àquela hora representaria ao Sport perder sua maior chance. O Sport não falhou. E a bola passou por Clemer. Por obra do próprio Durval: dois minutos depois da impressionante parada do arqueiro, o jogador fez de uma cobrança de falta a sua base de lançamento para um míssil teleguiado com o rumo certo das redes e o 3-1 da classificação.
A eliminatória agora se punha ao lado dos pernambucanos, e só demandava inteligência destes para abrir a vaga nas semifinais. Houve inteligência. A despeito da inferioridade numérica, o time da casa conseguia prender a bola, fazer o tempo passar. O Inter tinha dificuldades em criar algo. Foi encontrar sua oportunidade mais clara aos 84 minutos: uma falta na borda da área, em frente à meta, pelo lado esquerdo ofensivo. A Bombonera silenciou, apreensiva. Alex estava lá para fazer um estrago, destruir o sonho da casa. Só que quem bateu foi Bustos. O colombiano isolou e a cantoria no estádio, agora com a certeza da classificação, retornou.
O apito final de Heber Roberto Lopes marcou o instante em que o Inter das remontadas heróicas da Copa do Brasil 2008 se acabou. Sobre suas cinzas, vive o Leão da Ilha do Retiro, engrandecido em seus domínios, fortalecido em busca da inédita taça nacional.
O 1-0 desfavorável aos pernambucanos só poderia ser revertido no campo. Assim foram 31.555 espectadores, expectantes, ao estádio. Fariam jus ao fato de a imprensa gaúcha chamar a Ilha de a Bombonera Nordestina. Desde o início da partida, cantaram. Logo no início dela, vibraram. Com três minutos, Leandro Machado cabeceou para o fundo das redes do Inter um cruzamento de Luisinho Netto, abrindo o placar. Era cedo. O jogo ainda estava sem uma cara definida, aberto, de alternância. Os gaúchos cresceriam a seguir, dominaram o meio de campo e mandaram até o fim do primeiro tempo. Com meia hora de jogo, encontraram o prêmio, pondo o 1-1 no placar após extraordinária jogada de Sidnei, encerrada com gol do próprio após algumas rebatidas da zaga local. O Inter imbatível dava sinal de vida, e agora só cairia com mais dois tentos dos de Recife.
Parecia muito, mas não era. Precisar de dois gols significava apenas a repetição, ao Sport, da necessidade do início do encontro. Havia menos tempo, sim, somente 45 minutos, mas em contrapartida, existia mais ímpeto. Favorecido pelo desmantelamento do Colorado, que acabaria o jogo com os desconhecidos Derley e Pessanha (com dois esses) no gramado, o Sport virou dono da partida na etapa final. Empurrado pela torcida, aparentava tranqüilidade, apesar da dificuldade do momento.
Como um menino que se diverte a queimar formigas com lupa, o onze pernambucano construía a lenta agonia de um Internacional indefeso. Aos 61 minutos, Carlinhos Bala bateu cruzado, Roger chegou pelo meio da área e apenas completou para a meta aberta: 2-1. Com a expulsão de Luciano Henrique sendo um mero detalhe que não mudou sua superioridade, o Sport continuou com a lupa nas mãos. Aos 75, Clemer fez um milagre à Gordon Banks em cabeçada de Durval, daquelas defesas para o torcedor afirmar: depois dessa, não passa mais nada hoje.
Àquela altura, o Inter era a pobre formiguinha tentando os últimos esforços para mudar seu destino – se houve um momento em todas essas quartas-de-final para dissuadir o alvirrubro do seu sonho copeiro, foi aquele; falhar àquela hora representaria ao Sport perder sua maior chance. O Sport não falhou. E a bola passou por Clemer. Por obra do próprio Durval: dois minutos depois da impressionante parada do arqueiro, o jogador fez de uma cobrança de falta a sua base de lançamento para um míssil teleguiado com o rumo certo das redes e o 3-1 da classificação.
A eliminatória agora se punha ao lado dos pernambucanos, e só demandava inteligência destes para abrir a vaga nas semifinais. Houve inteligência. A despeito da inferioridade numérica, o time da casa conseguia prender a bola, fazer o tempo passar. O Inter tinha dificuldades em criar algo. Foi encontrar sua oportunidade mais clara aos 84 minutos: uma falta na borda da área, em frente à meta, pelo lado esquerdo ofensivo. A Bombonera silenciou, apreensiva. Alex estava lá para fazer um estrago, destruir o sonho da casa. Só que quem bateu foi Bustos. O colombiano isolou e a cantoria no estádio, agora com a certeza da classificação, retornou.
O apito final de Heber Roberto Lopes marcou o instante em que o Inter das remontadas heróicas da Copa do Brasil 2008 se acabou. Sobre suas cinzas, vive o Leão da Ilha do Retiro, engrandecido em seus domínios, fortalecido em busca da inédita taça nacional.
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