Domingo de futebol, mais um, no Maracanã. Quase quarenta e cinco mil espectadores para o clássico, mais um, no Carioca. Mais um, quase banal, mas aquelas semifinais de segundo turno eram uma chance única ao Botafogo. Contra o Flamengo, precisava ser assim, num mata-mata, a grande vitória. Outro cenário não configuraria a vingança plena sobre o rival: não bastava vencer, era preciso eliminá-lo.
Eliminatório, tal qual na final da Taça Guanabara. Decisão tão viva na memória de todos os torcedores, aquela partida de polêmico desfecho ficou marcada pela vitória rubro-negra e o conseqüente choro botafoguense. Ontem, não houve choro. As lágrimas foram transformadas em festa por classificação, em goleada consagradora, massacrando dentro das quatro linhas.
O Flamengo inexistiu. Quiçá cansado pela viagem da Libertadores, quiçá pelo entusiasmo alvinegro. Nada disso importava quando o juiz apitou o fim da partida. O fim do baile, numa festa que não tinha hora para acabar. No placar, via-se um grandioso Botafogo 3-0 Flamengo, placar que ostenta supremacia em qualquer jogo – principalmente em clássico. Até pênalti duvidoso o Bota teve em seu favor, para completar o enterro de suas mágoas.
Em clássicos, sempre há um retorno. Pode levar semanas, meses, anos mas, uma hora ou outra, a resposta vem. Ao Botafogo, o tempo de espera foi um turno inteiro de estadual. Ninguém, contudo, dê a revanche por terminada: ontem foi apenas o primeiro ato. Os alvinegros esperam agora derrotar o Fluminense, erguer a Taça Rio, e voltar a enfrentar o Fla na finalíssima carioca, a ser disputada em dois jogos. Esperam mais dois atos e um derradeiro tira-teima, agora pelo título de 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário