quinta-feira, 3 de abril de 2008

Tempo fechado

O Nacional adentrou o gramado do Parque Central para golear. O grupo estava complicado, e os uruguaios peleavam de igual para a igual com Flamengo e Cienciano. O adversário, o saco de pancadas Coronel Bolognesi, não havia balançado os cordões nos quatro primeiros jogos da Copa. Uma goleada e o saldo de gols inchado aproximariam a classificação.

Desorganizado no primeiro tempo, sobrou para o tricolor alçar desesperadamente bolas para a área peruana, explorando a altura do centroavante (e que centroavante) Richard Morales. Pouco inspirados, os alas do decano uruguaio exageraram nos erros nos cruzamentos e o 1-0 saiu numa das poucas jogadas aproveitáveis: Barone, o zagueirão, de cabeça.

Pouco, muito pouco para o primeiro tempo. Na segunda etapa, com Diego "Viruta" Vera e Matías Cardaccio, o Nacional foi muito mais ofensivo, mas isso não significou precisão. Só Vera, que voltou aos campos depois de um grande período afastado por uso de cocaína, perdeu quatro gols, e se mostrou um grande azarado.

Nas duas primeiras chances o fraquíssimo goleiro andino perdeu o controle da pelota, e diante da situação improvável, Vera não conseguiu acertar o arremate. Já perto do fim, uma cabeçada que parecia ter destino certo acertou as redes de cima do arco, e no último lance de ataque, uma linda meia-lua no defensor peruano e um chutaço de esquerda na trave. Um pálido 1-0 foi o que o bolso conseguiu em noventa minutos. E a chance de golear e tornar-se o mais provável candidato do Grupo 4 para ingressar nas oitavas, escapou em uma noite de neblina e tempo fechado em Montevideo.

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