Uma rodada desimportante num campeonato esquecido pelo público. Assim era aquele jogo de abril de 1992, válido pela Liga Oeste de Reservas da Escócia. Em campo, frente a uns poucos fiéis amantes do esporte, o Saint Mirren massacrou o Queen of the South pelo placar de 7-1. Mas a sonora goleada não foi o que entrou para a história naquela tarde. A cena, insólita num primeiro momento, evidenciava ovações totais direcionadas ao autor do único gol dos derrotados.
O alvo dos aplausos atendia pelo nome de Alistair Reid MacLeod – Ally, para os íntimos – e, contava, na ocasião, 61 anos. Estava em campo por um motivo absurdo a um grande clube, mas nem tão imporvável para uma equipe pequena, como o Queen, ainda mais se tratando de reservas: treinador do time, resolveu se escalar para minimizar a falta de atletas.
No passado de Ally MacLeod, somavam-se longas décadas como jogador (pelo Blackburn, foi vice-campeão da FA Cup inglesa de 1960, sendo eleito o melhor em campo na final) e técnico. As poucas conquistas foram compensadas por ter sido o líder, da casamata, do “Exército de Ally”, ao lado do qual o país inteiro marchou na Copa do Mundo de 1978 – o time deixaria o torneio da Argentina na primeira fase, mas tivera o grande mérito de sair de casa sob um entusiasmo nacional nunca antes visto e jamais repetido na Escócia, chegando a cogitar até mesmo o título.
1992 foi o último ano da carreira de MacLeod. Sem o brilho dos dias de selecionador nacional, nem perspectivas de um futuro grandioso, chegara ao Queen of the South, para fazer apenas uma despedida digna. Saiu de lá deixando registros recordistas daquele dia de abril: sob uma goleada de 7-1 por uma liga de reservas, mas com atuação e gol, no alto dos 61 anos.
Pequeno localizado na cidade de Dumfries, extremo sul da Escócia, o Queen of the South, assim como MacLeod – falecido em 2004 –, tinha em feitos pitorescos do tipo os seus mais memoráveis momentos. Numa situação parecida com a do treinador, faltavam títulos ao clube. E aquela história se manteve entre as suas maiores.
Dezesseis anos depois daquele abril, no último sábado, o Queen of the South, agora com sua equipe principal, foi a campo para uma rodada bem mais importante que a da liga de reservas: eram as semifinais da Copa da Escócia. Quinto colocado da segunda divisão, o time bateu o Aberdeen, da elite, por espetaculares 4-3. Pela primeira vez desde sua fundação, em 1919, disputará a decisão nacional. Ainda não conhece seu adversário. Aguarda a definição do confronto entre Saint Johnstone e Rangers, a ser disputado no dia 20. Período suportável para quem esperou por tantos anos a chance de, enfim, escrever uma nova história. Com troféu.
O alvo dos aplausos atendia pelo nome de Alistair Reid MacLeod – Ally, para os íntimos – e, contava, na ocasião, 61 anos. Estava em campo por um motivo absurdo a um grande clube, mas nem tão imporvável para uma equipe pequena, como o Queen, ainda mais se tratando de reservas: treinador do time, resolveu se escalar para minimizar a falta de atletas.
No passado de Ally MacLeod, somavam-se longas décadas como jogador (pelo Blackburn, foi vice-campeão da FA Cup inglesa de 1960, sendo eleito o melhor em campo na final) e técnico. As poucas conquistas foram compensadas por ter sido o líder, da casamata, do “Exército de Ally”, ao lado do qual o país inteiro marchou na Copa do Mundo de 1978 – o time deixaria o torneio da Argentina na primeira fase, mas tivera o grande mérito de sair de casa sob um entusiasmo nacional nunca antes visto e jamais repetido na Escócia, chegando a cogitar até mesmo o título.
1992 foi o último ano da carreira de MacLeod. Sem o brilho dos dias de selecionador nacional, nem perspectivas de um futuro grandioso, chegara ao Queen of the South, para fazer apenas uma despedida digna. Saiu de lá deixando registros recordistas daquele dia de abril: sob uma goleada de 7-1 por uma liga de reservas, mas com atuação e gol, no alto dos 61 anos.
Pequeno localizado na cidade de Dumfries, extremo sul da Escócia, o Queen of the South, assim como MacLeod – falecido em 2004 –, tinha em feitos pitorescos do tipo os seus mais memoráveis momentos. Numa situação parecida com a do treinador, faltavam títulos ao clube. E aquela história se manteve entre as suas maiores.
Dezesseis anos depois daquele abril, no último sábado, o Queen of the South, agora com sua equipe principal, foi a campo para uma rodada bem mais importante que a da liga de reservas: eram as semifinais da Copa da Escócia. Quinto colocado da segunda divisão, o time bateu o Aberdeen, da elite, por espetaculares 4-3. Pela primeira vez desde sua fundação, em 1919, disputará a decisão nacional. Ainda não conhece seu adversário. Aguarda a definição do confronto entre Saint Johnstone e Rangers, a ser disputado no dia 20. Período suportável para quem esperou por tantos anos a chance de, enfim, escrever uma nova história. Com troféu.
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