segunda-feira, 14 de abril de 2008

A última entregada

Que o Campeonato Espanhol seria vencido pelo concorrente ao título que entregasse menos jogos vencidos, estava claro há tempos. O inesperado do fim de semana foi descobrir que a definição veio tão cedo, a seis rodadas do fim. Novamente, o Barcelona encarou um adversário fraco – o candidato ao rebaixamento Recreativo de Huelva – e, fora de casa, não passou de um empate. Dessa vez, sequer houve o ilusório Villarreal dando sobrevida à Liga: o time caiu por 1-0 para o Almería e empacou na terceira posição.

Já o Real Madrid... cansado de dar chances aos adversários, e como as proporcionou!, o time merengue tinha a missão aparentemente fácil de derrotar o Murcia, penúltimo colocado, em casa. Tratou de desfazer a facilidade, obviamente, e antes da metade do primeiro tempo já atuava com dez homens, graças à expulsão de Miguel Torres. O jogo complicou. Não a ponto de ser perdido, pois faltava qualidade aos oponentes, mas bem poderia ter acabado com placar nulo.

Poderia. Aos poucos, a normalidade entrou em campo, o Madrid cresceu, o jogo voltou a ser o que as expectativas indicavam. No minuto 60, uma rápida jogada e belíssima finalização de Sneijder, no ângulo, representaram o golaço do 1-0 definitivo – do jogo e, provavelmente, do campeonato.

Placar magro, placar sem espetáculo. Era preciso mais? Definitivamente, não. O Barça fica sonhando com um milagre. Com dezoito pontos por disputar, precisará recuperar nove, além de uma desvantagem no confronto direto, para remontar a Liga. Depois de tantas entregadas na corrida pelo troféu, a do final de semana parece ter sido a última.

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