
Recomeçando de forma gigantesca, os de Manchester novamente foram incapazes de mandar o esférico às redes. Seguiram atacando, seguiram melhores e, incompetentes na finalização, seguiram em 1-0. Até os 60 minutos. Então entrou Henry. Não que ele tenha sido o responsável por mudar a cara da partida, mas tal alteração ocorreu a partir daquela hora.
A falta do novo gol por parte do onze inglês levou a uma lenta retração e, esta, por aqueles momentos, ocasionou o crescimento de um Barcelona que ainda ilusionava com Moscou. Aos 63, Deco, voltando a levar perigo como no fim do primeiro tempo, cobrou falta que saiu perigosa sobre o arco de Van der Sar, após desvio na barreira.
Com pouca decisão, começava o domínio azul-grená. Enquanto os minutos ainda pareciam muitos, eram apenas algumas oportunidades incômodas. Depois, passou a ser um jogo de dezenove homens no campo defensivo do United – os onze do quadro local mais os ofensivos do Barcelona. Henry, fazendo jus ao fato de ser um marco na mudança de ares do prélio, passou a monopolizar as chances claras do seu time.
Contra-atacando apenas, o Manchester United abdicou de qualquer resquício ofensivista nas dez voltas finais da cronometragem regulamentar. E a agonia persistiu por mais tempo: substituições e paradas para atendimento médico levaram o duelo até o sexto minuto de acréscimo. Tudo inútil. Fazer gols tem sido um problema para os de Rijkaard, que caminhavam para a quarta jornada consecutiva sem balançar as redes.
O tempo já era nenhum quando a última falta do Barça, ao lado da área, levou até o arqueiro Valdés para o ataque. Das cadeiras, um catalão tapava o rosto, em desespero. Via suas esperanças de salvar a desastrosa temporada desfazendo-se, aos farrapos, nos chutões desferidos pelos de vermelho. E, então, o apito final. Acabava o jogo. Acabava a temporada.
2 comentários:
FICAR ENTRE OS 4 MELHORES DA EUROPA NÃO É DESASTRE!
Se pegares apenas a campanha na CL, realmente não é.
Mas a temporada foi um fracasso. Qualquer um que tenha acompanhado a trajetória do Barcelona e agora vai ver as oitocentas mudanças de comando nas próximas semanas percebe a dimensão da crise deles.
Rijkaard já tinha a demissão pedida pelos torcedores quando eu estive lá, e isso vai fazer três meses. Nenhum torcedor se iludia, mas é claro que se viesse o título europeu tudo seria perdoado.
Só que o título não veio. Foi apenas mais uma eliminação do ex-melhor time da Europa, e assim se fecha a segunda temporada cheia sem troféu.
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