Mais de quinze mil pagantes foram ao estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, ver a primeira partida da final catarinense, entre o Figueirense local e o Criciúma. Em casa, o Figueira precisava vencer. Vencer a qualquer custo: a final do estadual de Santa Catarina não tem saldo de gols, valendo apenas a pontuação obtida nos dois jogos decisivos para definir o campeão.
E para vencer no futebol, nenhuma equipe jamais precisou jogar bem, dar espetáculo ou fazer gols bonitos. Sequer é necessário chutar a gol, desde que a bola, sabe-se lá como, entre. Edu Sales, do Figueirense, certamente não perdeu muito tempo pensando nisso antes da decisão de hoje, mas seguiu a teoria à risca.
O confronto estava apenas indo para o nono minuto quando o Criciúma cometeu falta frontal à sua própria área. Cleiton Xavier foi para a cobrança, mas seu tiro não tinha o destino das redes: o pelotaço acertou as costas de Edu Sales. Alheio ao lance, sem imaginar a oportunidade, Sales acabou desviando a bola completamente do arqueiro Zé Carlos, fazendo o único gol do dia, e deixando o seu time mais próximo do 15º título local.
Com um herói inesperado, o domingo terminou em 1-0. A necessidade de triunfar agora se inverte: só uma vitória, por um ou oitenta a zero, dá ao Criciúma a chance de disputar uma prorrogação e tentar levantar o troféu. É preciso fazer a bola entrar de algum jeito para sonhar com o título. Vale até gol de costas.
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