quinta-feira, 6 de março de 2008

Quarta-feira sul-americana

Copeiro e aurinegro Estudiantes: Nas tribunas do Centenário, para o jogo do Danubio contra o Estudiantes de La Plata, via-se um atípico grande número de torcedores visitantes. Não eram apenas argentinos: a parcela dos que apoiavam a equipe de fora era engrossada por uruguaios, torcedores do Peñarol, que mantêm longa história de parceria com a hinchada do Estudiantes. Quiçá por todo este apoio, ou apenas confirmando sua tradição copeira, o time de La Plata mostrou grandeza para, em inferioridade numérica desde o primeiro tempo, remontar o marcador: saiu perdendo por 1-0, gol de Irala, aos 9 minutos, e deu a volta com tentos de Verón, num pênalti, aos 61, e Pérez, aos 87. Com um ponto em três rodadas, o derrotado quadro uruguaio terá uma missão complicadíssima para avançar aos mata-matas.Audácia: Um público medíocre, que sequer chegou aos 30 mil pagantes, esteve no Morumbi para assistir a uma vitória fácil do São Paulo sobre o esforçado Audax Italiano. Acabou vendo os chilenos tentarem a vitória de suas vidas e, por certo tempo, sonharem com a surpresa. O onze visitante saiu liderando a contagem com Villanueva, aos 62 minutos, mas não conseguiu sustentar a audácia: aos 70, Rocco foi expulso, deixando a noite de zebra se transformar em mais um ato da recuperação de Adriano. Aquele a quem um dia se atribuiu a alcunha de Imperador voltou a mostrar oportunismo, sorte e precisão para construir a virada são-paulina. Dois gols seus, nos minutos 75 e 85 de confronto, botaram o necessário 2-1 no placar final.Para ser temido: A maior goleada de uma equipe brasileira sobre um adversário argentino na história da Libertadores. Momento histórico que, para variar, não poderia escapar do lendário palco do Maracanã. Era o reencontro do Fluminense, jogando em casa, com uma competição na qual sua tradição é pouco temível: campanhas medíocres e eliminações nas fases iniciais. O 2008 sul-americano do tricolor carioca, no entanto, já dava sinais claros de que poderia ter um desfecho diferente daquelas Libertadores de décadas passadas. Se não havia tradição, os 6-0 sobre o Arsenal de Sarandí, vigente campeão da Copa Sul-Americana, servem como apresentação de um clube que almeja o respeito internacional. E tome golaço de Dodô e pó-de-arroz nas arquibancadas!

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