quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Santander pára. E sonha

Aos poucos, Santander começa a parar. Com o passar do dia de hoje, as atenções da população vão se direcionando, todas, para o seu clube de futebol. Por natureza, o Racing sempre atraiu os aficionados locais, mas nunca como nesta quinta-feira. O jogo de hoje será excepcional. Um delírio.

Delirante porque esta será a primeira geração de torcedores a acreditar que o time de Santander pode chegar ao título da Copa do Rei. Explica-se: jamais uma formação do clube sobreviveu por tanto tempo numa disputa copeira. Desde 1913, quando foi fundado, o Racing podia tomar por "memoráveis" aquelas temporadas em que conseguia atingir as quartas-de-final do torneio eliminatório. Hoje, jogará uma inédita semifinal! Jamais caminhou tanto e, da mesma forma, nunca esteve tão perto do troféu - restam três jogos, que sequer precisam ser vencidos, desde que se saiba jogar com o empate.

A oportunidade de fazer história para, quiçá, abocanhar o título, virá contra o Getafe. Na temporada passada, o time da região de Madrid viveu uma euforia parecida com a notada hoje em Santander, alcançando um vice-campeonato na Copa. Ao tentar seguir os passos do "azulón", o Racing chega num ponto em que, para seguir adiante na estrada dos sonhos, terá que atropelar o seu inspirador.

Ansiosos, os torcedores esperam um resultado razoável do seu time como visitante, e 5 mil racinguistas foram a Getafe para dar seu apoio. No entanto, confronto de logo mais, tão aguardado, é apenas um prólogo. A maior partida já vista por Santander e disputada pelo seu clube ainda está por vir: será o duelo de volta, em casa, quando apenas noventa minutos estiverem a separar o Racing da mítica final.

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