
O local surpreende por ser tão modesto, principalmente se o confrontarmos com o moderno Stade des Alpes, onde o Grenoble mandará seus jogos a partir da sexta-feira. Aldo Scaringella, o simpático senhor que me recebeu e presenteou com artigos do clube, explicou, apontando para um dos pôsteres do clube e mostrando o presidente Kazutoshi Watanabe entre os jogadores: desde 2004, o clube é comandado por investidores japoneses, os principais responsáveis pela ascensão estrutural da agremiação.
Antes da súbita entrada de dinheiro, o clube de Grenoble já contava com uma importante história dentro do futebol francês. Fundado originalmente em 1892 (o 38 do nome atual não se refere a um ano, e sim à região de Val-d'Isère, onde está Grenoble: enquanto no Brasil os estados são indicados por siglas, na França, os departamentos são representados por números próprios), o clube se tornou uma força em torneios entre cidades alpinas, além de alcançar glórias nacionais como os títulos da segunda divisão em 1960 e 1962. Depois de sucessivas mudanças de nome, surgiu como o GF38 de hoje em 1997, sendo campeão da terceira divisão em 2001.
O campeonato atual é visto como um divisor de águas para história recente do time. Além de marcar o adeus ao estádio Lesdiguières, o 2007/08 do GF38 é encarado como ponto de partida no projeto de estar, até o início da próxima década, entre as equipes da primeira divisão. Ocupando uma sétima colocação, o time tem orbitado próximo à zona de acesso e mantém a expectativa de alcançar seu sonho já neste 2008. Na rodada passada, um empate fora de casa contra o líder Le Havre tratou de reacender as esperanças.
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