ESCALDES-ENGORDANY (14/02/2008) - A primeira parte no trajeto de Grenoble, à borda dos Alpes, a Andorra, no meio dos Pirineus, é fácil. Dois trens de alta velocidade, um até Valence, outro até Toulouse, consomem as longas distâncias em poucas horas. O problema é a partir de Toulouse: em Andorra, não há estradas de ferro ou aeroportos, de modo que as opções ficam reduzidas às rodovias cheias de curvas que contornam e sobem as montanhas.
Pequenos vilarejos e casas salpicam a paisagem. Embelezam um longo e complicado caminho, que busca "apenas" atravessar uma das maiores cadeias montanhosas da Europa. Atravessar subindo, atravessar fazendo curvas do tipo em que se pode ver a placa traseira do carro. No ponto mais alto, a 2,4 mil metros de altitude, estrada rodeada pela neve, a vista do vale andorrano é espetacular. No termômetro, 3,5 graus... negativos - enfim um pouco de frio, já estava na hora!
Para chegar nas cidades, ainda é preciso fazer todo o lado inverso da montanha, desta vez, descendo. Placas à beira da estrada avisam sobre a freqüência dos infalíveis engarrafamentos - há uma única rodovia principal cruzando o Principado que, se é pequeno, vive lotado de turistas que buscam as estações de ski. O espaço do vale é escasso, o que acaba por amontoar o que um dia foram vilas: Escaldes-Engordany, minha parada em Andorra e último estágio da viagem, recebeu hífen e o "novo" nome após a conurbação de Escaldes e Engordany.
Na sexta-feira, depois da troca da visão dos Alpes pela presença dos Pirineus, virá a busca por informações sobre o futebol andorrano. Com dois estádios no país, a julgar pela falta de espaços planos, o território de Andorra deve estar dividido em 90% de montanhas e 9% de campos de futebol.
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