quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Como complicar um ano

Era difícil acreditar que o Liverpool fosse deixar de vencer o jogo de ontem. O Wigan, ocupante do rebaixamento, havia conquistado apenas dois pontos fora de casa na temporada. As informações e o palpite, dados pelo narrador da partida, quando esta se iniciava, deixaram claro, no fim, o tamanho do fracasso dos reds.

Mediano no campeonato desde a derrota para o Manchester United, em casa, o Liverpool não poderia pensar em outro resultado que não fosse a fácil vitória diante de um adversário tão fraco, ontem. O susto já havia sido sentido contra o lanterna Derby County, quando um triunfo magro por 1-2 deixou o ar ainda mais pesado sobre Anfield. Outro resultado insatisfatório frente a um oponente inferior não seria tolerado.

Embalado pelo sempre feroz Fernando Torres, o Liverpool criava boas chances, mas falhava em transformá-las em gol. Só foi abrir o placar na etapa final, pelos pés do próprio espanhol, aos 49 minutos. Era, ainda, muito pouco. Mas não havia futebol para mais. Era, todos sabiam, uma vitória para o gasto. Como fora contra o Derby. Apesar de tudo, eram três pontos. Mas era também um risco. Sem segurança, mais cedo ou mais tarde o "jogo para o gasto" cai em ruínas.

A ruína do Liverpool ocorreu a dez minutos do final, quando Bramble sentenciou o 1-1. O Wigan empatava em Anfield. Somava-se este resultado à vitória paralela do Manchester City sobre o Newcastle e... os reds caíam para a quinta colocação, ficando fora da zona de classificação a Champions League. Um pesadelo, mas bem real. Apenas dois dias e o 2008 do Liverpool já pode estar caminhando para sérias complicações, ficando distante do sonho continental. Desde já, será preciso correr atrás do prejuízo - para recuperar esta temporada, para salvar a próxima também.

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