Foi num sábado, 18 de maio de 1991, contra o Dundee United. Phil O'Donnell estava lá. Então um jogador de 19 anos que fazia sua temporada de estréia no futebol profissional, ainda não tinha espaço na linha de frente do Motherwell, mas volta e meia era convocado para a reserva do primeiro time, com direito a alguns vôos maiores. Naquele sábado de maio, ele tirou a sorte grande e foi a campo defender as cores do clube que o revelara - era a final da Copa. Agarrou a oportunidade de tal forma que, mais do que simplesmente entrar em campo, fez, na prorrogação o gol do título. O gol do último título do Motherwell, numa gloriosa vitória por 4-3.
Não tardou para que seu talento fosse reconhecido no futebol local. No ano seguinte, com o clube disputando competições internacionais, O'Donnell começou a brilhar. No final de 1992, foi eleito o melhor jogador jovem do ano. Repetiria a dose em 1994, recebendo outra vez o prêmio e sendo um dos grandes nomes na campanha da equipe na liga, fazendo o time acabar acima do Celtic e com apenas quatro pontos a menos que o campeão Rangers - após 44 rodadas. Seu estilo chamou a atenção dos grandes clubes. Ao final da temporada 93/94, foi vendido por 1,75 milhão de libras ao Celtic, na maior transferência da história do Motherwell.
Estreou pelos alviverdes de Glasgow e, logo de cara, fez dois gols no primeiro jogo. Promessa de um grande futuro. Em 1995, levantou sua segunda Copa da Escócia e, em 1998, fez parte do elenco que conquistou a liga, quebrando uma série de nove títulos consecutivos do rival Rangers. Mas O'Donnell já não brilhava como o início da carreira parecia indicar. Perseguido por contusões, acabou tendo suas participações reduzidas e, em 1999, sem conseguir acordo com a direção, saiu do clube para defender o Sheffield Wednesday inglês, que então figurava na primeira divisão nacional.
Acabou sendo desastroso. Com o fantasma das contusões ainda o assombrando, Phil O'Donnell disputou apenas 20 partidas oficiais em 4 anos no Wednesday. Pior, acabou vivendo a mais negra fase da história recente do clube, saindo de lá em 2003, após o rebaixamento para a terceira divisão. Estava acabado aos olhos de muitos. Mas não aos do Motherwell. Reconhecendo o ídolo de outrora, o clube ofereceu nova chance a ele: treinaria, curaria as lesões e, quando estivesse inteiro, seria titular. Com direito a conquistar a braçadeira de capitão, O'Donnell teve sucesso no plano combinado. A vida, depois de tantos imprevistos, pareceu voltar a sorrir para ele. Como que brincando de ser trágica, porém, ela tinha uma cartada final.
Foi num sábado, 29 de dezembro de 2007, contra o Dundee United. Ídolo, capitão, referência, 35 anos, O'Donnell estava prestes a ser substituído no final do jogo. Sua equipe, a exemplo daquela inesquecível final da década anterior, vencia por um placar grandioso: 5-3. Então, tudo escureceu. Para desespero e aflição de torcedores, companheiros de time, comissão técnica, Phil caía desmaiado no gramado de Fir Park. Levado imediatamente ao hospital local, não resistiu, e acabou falecendo. Todo o futebol da Escócia está de luto. Mas são os torcedores do Motherwell os realmente inconsoláveis. Para eles, foi muito mais que uma tragédia. Foi o adeus prematuro ao derradeiro ídolo de 91.
Não tardou para que seu talento fosse reconhecido no futebol local. No ano seguinte, com o clube disputando competições internacionais, O'Donnell começou a brilhar. No final de 1992, foi eleito o melhor jogador jovem do ano. Repetiria a dose em 1994, recebendo outra vez o prêmio e sendo um dos grandes nomes na campanha da equipe na liga, fazendo o time acabar acima do Celtic e com apenas quatro pontos a menos que o campeão Rangers - após 44 rodadas. Seu estilo chamou a atenção dos grandes clubes. Ao final da temporada 93/94, foi vendido por 1,75 milhão de libras ao Celtic, na maior transferência da história do Motherwell.
Estreou pelos alviverdes de Glasgow e, logo de cara, fez dois gols no primeiro jogo. Promessa de um grande futuro. Em 1995, levantou sua segunda Copa da Escócia e, em 1998, fez parte do elenco que conquistou a liga, quebrando uma série de nove títulos consecutivos do rival Rangers. Mas O'Donnell já não brilhava como o início da carreira parecia indicar. Perseguido por contusões, acabou tendo suas participações reduzidas e, em 1999, sem conseguir acordo com a direção, saiu do clube para defender o Sheffield Wednesday inglês, que então figurava na primeira divisão nacional.
Acabou sendo desastroso. Com o fantasma das contusões ainda o assombrando, Phil O'Donnell disputou apenas 20 partidas oficiais em 4 anos no Wednesday. Pior, acabou vivendo a mais negra fase da história recente do clube, saindo de lá em 2003, após o rebaixamento para a terceira divisão. Estava acabado aos olhos de muitos. Mas não aos do Motherwell. Reconhecendo o ídolo de outrora, o clube ofereceu nova chance a ele: treinaria, curaria as lesões e, quando estivesse inteiro, seria titular. Com direito a conquistar a braçadeira de capitão, O'Donnell teve sucesso no plano combinado. A vida, depois de tantos imprevistos, pareceu voltar a sorrir para ele. Como que brincando de ser trágica, porém, ela tinha uma cartada final.
Foi num sábado, 29 de dezembro de 2007, contra o Dundee United. Ídolo, capitão, referência, 35 anos, O'Donnell estava prestes a ser substituído no final do jogo. Sua equipe, a exemplo daquela inesquecível final da década anterior, vencia por um placar grandioso: 5-3. Então, tudo escureceu. Para desespero e aflição de torcedores, companheiros de time, comissão técnica, Phil caía desmaiado no gramado de Fir Park. Levado imediatamente ao hospital local, não resistiu, e acabou falecendo. Todo o futebol da Escócia está de luto. Mas são os torcedores do Motherwell os realmente inconsoláveis. Para eles, foi muito mais que uma tragédia. Foi o adeus prematuro ao derradeiro ídolo de 91.
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