sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Um baile

Dado como maior enganação da temporada, o Botafogo reencontrou o bom futebol de outrora e passou por cima do Cruzeiro, no Engenhão. Incontestáveis 4-1 serviram para que os mineiros se candidatassem a roubar o posto alvinegro como grandes cavalos paraguaios de 2007.

Foi um banho de bola. O Botafogo, provavelmente após muito meditar e reestruturar suas emoções e objetivos, relembrou o grande time que encantava o Brasil antes da lamentável decadência, e patrolou um Cruzeiro que experimenta um despencar tão amargo quanto o que os cariocas viviam.

Dodô, sempre com golaço, fez 1-0 logo aos cinco minutos. Guilherme até empatou para a Raposa, mas estava claro que a cor daquele jogo não era azul. Túlio, com um foguete da intermediária ao ângulo direito do goleiro Fábio, tratou de recolocar o time do Rio nos eixos, liderando o placar. Dali em diante, só festa para Joílson e Juninho aumentarem a diferença.

Um baile, proporcionado por um time que, depois de ser ridicularizado e sonhar com o fim do ano, recupera a dignidade. Um baile, levado por um time que, depois de saudado como possível concorrente do São Paulo, vem decaindo vergonhosamente. O Cruzeiro segue o caminho que o próprio Botafogo traçou em dias piores e, ao final desta 34ª rodada, já figura fora da zona da Libertadores.

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