quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Os homens de preto

Por honra da superstição, o alviverde Juventude não abandonou o uniforme negro depois de trajá-lo ao vencer o Palmeiras. Ontem, contra o São Paulo, os homens de preto do Rio Grande do Sul fizeram outro resultado improvável, derrotando os campeões nacionais e seguindo vivos na desesperada batalha para não cair.

Quem visse a partida do Alfredo Jaconi sem saber da situação das equipes na tabela, certamente inverteria quem era o campeão e quem estava ameaçado de rebaixamento. Diante de um São Paulo já desmotivado e com formação mista - mas ainda assim imensamente superior -, o clube de Caxias do Sul foi para cima, massacrou, não deixou os detentores do título respirarem.

Ao final do primeiro tempo, o placar já assinalava 1-0. Poderia ser bem mais, a trave foi acertada alguma vez, e o goleiro são-paulino Bosco teve um trabalho incomum para a melhor defesa do país. Ah, se "el mago Pin" soubesse que os uniformes negros seriam fruto de tanta esperança: o guru, já dispensado, foi responsável por retardar a estréia do fardamento-amuleto, afirmando que atrairia maus resultados. Pois tem atraído aos adversários. Na etapa final, o tricolor do Morumbi mostrou que a noite não era sua e, com um gol contra de Breno, saiu de campo vencido por 2-0.

O São Paulo torna-se o primeiro time da era dos pontos corridos a ter sua faixa de campeão carimbada, sendo derrotado após a conquista do título. Derrotado por homens de preto, que terão a missão de provar, nas próximas três rodadas, merecer estar na tropa de elite do futebol brasileiro em 2008.

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