Foi o verde

Do bom futebol que o negro Juventude apresentou diante de Palmeiras e São Paulo, nada restou contra o Atlético Mineiro. Goleada e fim do sonho de se manter na elite são conseqüências de uma temporada de erros, mas há quem culpe a camiseta verde.

O Galo mineiro fez questão de enterrar qualquer superstição juventudista, entrando em campo com seu fardamento menos branco possível. Mas nem as crendices desesperadas dos torcedores gaúchos seriam capazes de vencer o duelo do domingo. Faltou futebol, como faltou em toda a temporada, e o Juventude não pôde cometer outro milagre. No intervalo do confronto, até pareceu ser capaz de calar o Mineirão, ao sustentar um empate por 1-1.

Só que o empate não adiantava. Era preciso vencer, e o time de Caxias do Sul teve que se abrir buscando a virada. Foi fatal. Aproveitando-se dos erros adversários e com lances de grande felicidade, o time da casa foi reconstruindo sua vantagem, ampliando-a até chegar na goleada por 4-1 com que deixou o campo.

Com a derrota, o Juventude está rebaixado. Fanáticos dirão que há alguns bilionésimos de chances percentuais, mas é óbvio que o time não conseguirá a incrível combinação de resultados que necessita - está cinco pontos atrás da primeira equipe fora do rebaixamento, com apenas duas rodadas pela frente. Um golpe na superstição e na incompetência do clube que, espera-se, aprenderá a lição para almejar um retorno em 2008.