Tudo começou com a morte de Gabriele Sandri, 26 anos, radialista e torcedor da Lazio, quando se dirigia a Milão para ver sua equipe enfrentar a Internazionale. Na altura da cidade de Arezzo, na Toscana, Sandri e seus companheiros teriam se envolvido em uma briga. A polícia, sem saber do que se tratava, no que foi qualificado como "trágico erro", interviu atirando, terminando por acertar o torcedor. A partida foi adiada.
Pouco depois, em Bergamo, onde Atalanta e Milan se enfrentavam, novos conflitos. Torcedores de ambas as equipes entraram em confronto e, talvez como retaliação às forças de segurança pela morte do lazianista, atacaram também a polícia. O jogo transcorreu até os sete minutos do primeiro tempo, quando o estado voltou a ser crítico: em meio à chuva de sinalizadores lançados em campo pelos fanáticos, pessoas identificadas como integrantes da torcida local quebraram o vidro que separa a arquibancada localizada atrás do gol. A partida foi suspensa, devendo continuar em outra data.
Na capital, viu-se uma rara união entre torcedores da Roma e da Lazio. Mas não era por paz: estavam para combater os policiais, num confronto que perdurou por meia hora e forçou o adiamento de mais uma partida, o jogo entre Roma e Cagliari. Enquanto isso, em Milão, mais de cinco mil pessoas se reuniram fora do estádio local para expor faixas de protesto contra as forças da lei.
O que restou de uma rodada em que o futebol ficou em segundo plano começou com 10 minutos de atraso.
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