terça-feira, 19 de junho de 2007

E eles cismam em acreditar

O Grêmio levou 0-3 no primeiro jogo da final da Libertadores da América, diante do poderoso Boca Juniors argentino. Acostumado a decisões, o time de Buenos Aires não treme fora de casa, e deverá fazer uma partida duríssima no estádio Olímpico, dificultando ainda mais a já improvável missão gremista de reverter o escore. Como se não bastasse, o Boca tem Riquelme, o melhor jogador em atividade da América do Sul - para piorar ainda mais, ele é apenas o maestro de um time muito bem armado. É quase consenso nos quatro cantos do continente que a taça já tem dono.

Mas os gremistas cismam em acreditar no seu time. Alheios às dificuldades que terão em campo, os torcedores tricolores crêem cegamente num 4-0 e no tri-campeonato da América. Como se reverter placares monumentais fosse a coisa mais natural do mundo, aficionados gaúchos fizeram filas quilométricas ao redor do estádio Olímpico, para garantir seus ingressos à decisão. Filas que são engrossadas por tricolores oriundos dos cantos mais distantes do Brasil. Ninguém está disposto a perder aquela que seria uma das maiores vitórias do clube - e quiçá, da Libertadores da América - em todos os tempos.

"Nunca se viu mobilização igual" brada a imprensa gaúcha. Ao invés de lamentações, como se imaginava após a quarta-feira passada, a resposta dada pela parcela azul do Rio Grande foi vislumbrar a reversão logo ali adiante. E quanto mais se diz que "o Grêmio está morto", mais a confiança dos tricolores se renova.

A mobilização teve impactos em todos os setores do clube. Tocados pelo martírio vivido pelos fãs em busca de um lugar na decisão, os jogadores prometem dar a vida em campo. Não há abatimento nos corações gremistas, só esperança.

Você não acredita no título do Grêmio? Pois os gremistas crêem. E para eles, que entendem como ninguém a Imortalidade Tricolor, isso é mais do que suficiente.

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