quarta-feira, 2 de maio de 2007

A repetição da história

Definido hoje o segundo finalista da UEFA Champions League desta temporada. É o italiano Milan, que jogando em casa, classificou-se após vencer magistralmente o Manchester United, por 3-0. Na finalíssima, teremos uma repetição da memorável decisão de 2005, onde, assim como nesta temporada, o caminho dos italianos irá se cruzar com os do Liverpool. Confira a crônica da partida de hoje:

Milan (ITA) 3-0 Manchester United (ING)

O Manchester United entrou no gramado do estádio Giuseppe Meazza, de Milão, em vantagem para a partida de hoje. Com a vitória sofrida por 3-2, obtida em casa, na semana passada, os ingleses precisavam apenas de um empate para chegar à decisão e compor uma inédita final inglesa, diante do Liverpool. Porém, do outro lado estava ninguém menos que o poderoso Milan, seis vezes campeão europeu e com ganas de recuperar o resultado, para chegar mais próximo de mais um título.

Liderados por um Kaká novamente brilhante, os italianos foram à carga e levaram a melhor. Pressionando desde o princípio e com o apoio da torcida, o time "rossonero" começou a construir sua grande vantagem muito cedo. Eram 11 minutos quando o placar sofreu sua primeira alteração: bola lançada no ataque italiano, onde Kaká mandaria um petardo no canto esquerdo do goleiro Van der Sar, completando um passe vindo num desvio de cabeça. O Milan, com pouco tempo de jogo, já fazia 1-0, placar suficiente para classificar-se.

Mas o jogo estava aberto, e os italianos queriam mais. Com alternância de chances e de posse de bola, a partida seguiu em ritmo frenético, com uma superioridade evidente do time da casa sendo notada. Pressionando mais, o Milan alcançou seu segundo gol: aos 30 minutos, Clarence Seedorf encantou sua torcida com grande jogada individual, encerrando seu lance mandando a bola para o fundo das redes inglesas. Os italianos chegavam ao 2-0 com apenas um terço do jogo. Uma vantagem importantíssima, que, àquela altura forçava o Manchester United a marcar dois gols, se ainda sonhasse com a classificação.

Sabendo que precisava do gol mais que nunca, o treinador Alex Ferguson agiu. Com substituições e alterações táticas buscando maior ofensivismo, Ferguson esperava que seu time correspondesse com gols. No segundo tempo, principalmente, a pressão inglesa aumentou - contudo, foi insuficiente. Diante de um Dida muito seguro, os atacantes do United tentavam, em vão, reverter a tragédia. Não houve formas de o Manchester sair da sua contagem nula.

O golpe de misericórdia veio aos 78 minutos. Diante do cerco inglês que se fechava cada vez mais, o Milan conseguiu encaixar um contra-ataque. Foi fatal: Gilardino foi lançado sem marcação, diante do goleiro Van der Sar, e teve tranqüilidade para concluir deslocando o arqueiro. O Milan chegava a
os 3-0, um placar com uma margem de segurança gigantesca. Nos minutos que se seguiram, os italianos buscaram apenas administrar o resultado e fazer o tempo correr. O jogo encerrou-se mesmo com vitória da equipe da casa, por três gols a zero.

O Milan chega à sua 11ª final continental. Em busca do sétimo troféu, o clube italiano irá enfrentar, na decisão de Atenas, o Liverpool. Uma reedição da final de dois anos atrás, onde o mesmo Liverpool conquistou seu quinto título europeu após reverter um placar adverso de 0-3 diante dos "rossoneros", num duelo inesquecível em Istambul. O jogo decisivo desta temporada está marcado para o dia 23 de maio e, agora, os italianos querem vingança.

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