Jogo que pôs frente a frente duas equipes de grande tradição no futebol europeu, mas que, curiosamente, jamais haviam se enfrentado por competições continentais. Um jogo interessante estreou a história destes enfrentamentos. O Stadio Olimpico de Roma estava lotado para ver o time da cidade jogar as quartas-de-final do torneio continental - a Roma não chegava tão longe desde 1984. Enquanto a equipe italiana vive a euforia de voltar às grandes luzes do continente, o time de Manchester buscava se afirmar ainda mais nesta temporada - é líder do Campeonato Inglês, e vem tentando recuperar parte do prestígio continental perdido nas temporadas anteriores. Um jogo que se anunciava bom, mas que não começou assim: apesar de lances esporádicos de parte a parte, o jogo esteve apático durante bom período do primeiro tempo. O jogo mudou seu rumo aos 34 minutos do primeiro tempo: Paul Scholes, do Manchester, vinha fazendo várias faltas desde o início do jogo e, coroando sua partida insegura, levou o segundo cartão amarelo, sendo expulso e deixando o Manchester prematuramente em desvantagem numérica. O resultado da expulsão foi quase imediato: a Roma cresceu e começou a dominar as ações da partida completamente. Ao final do primeiro tempo, um desmarcado Taddei, recebendo assistência de Mancini, só teve o trabalho de chutar para o gol, aproveitando-se ainda de um desvio da zaga e vencer o goleiro Van der Sar - gol! 1-0 para os romanos, numa hora providencial. Voltando do intervalo em vantagem - no placar e numérica -, a Roma teve mais tranqüilidade que o ofensivo Manchester para jogar no segundo tempo. Isto se refletiu nos minutos iniciais da etapa derradeira, com boas chances sendo criadas pelo lado italiano. Apesar disso, quem encontrou o gol foram os ingleses: num contra-ataque de belíssima troca de passes, o Manchester fez a bola chegar a Rooney, dentro da área romana - o craque inglês, com grande categoria, matou a bola no peito, livrou-se da marcação e estufou as redes, igualando a contagem do placar, eram 60 minutos. Mas o dia era da Roma, e a maré continuou favorável aos italianos. Dois minutos após o gol do Manchester, o treinador da equipe da casa optou por colocar Mirko Vucinic em campo. Pouco tempo depois, dos pés do próprio Vucinic sairia o segundo gol da Roma: eram 66 minutos quando o próprio Vucinic aproveitou-se de um rebote num chutaço de Mancini para chutar para o fundo das redes, vencendo Van der Sar, que estava batido após espalmar o tiro do brasileiro. A Roma fazia 2-1. Uma vantagem pequena, que os italianos tentaram aumentar, mas não obtiveram sucesso. A partida acabou mesmo com aquele placar e o jogo da próxima semana, em Old Trafford, tem tudo para ser eletrizante, pois absolutamente nada ficou definido.
Olha o Chelsea ameaçando amarelar, novamente, numa competição continental. Um grande Valencia soube parar os ingleses, em Londres. A partida desta quarta-feira, em Stamford Bridge, reuniu duas forças emergentes da Europa, que vêm brigando já há algum tempo de igual para igual com os grandes de seus respectivos países, mas ainda buscam uma afirmação no plano continental. Hoje, portanto, era uma chance de ouro para ambas abreviarem seu caminho rumo às decisões da UEFA Champions League. A partida começou franca: embora com clara superioridade do Chelsea, o Valencia conseguia responder em contra-ataques sempre perigosos. Aos 23 minutos, David Silva, do Valencia perdeu uma chance clara de abrir o placar: o diário esportivo espanhol Marca colocou em letras garrafais no seu site "Silva perdona". Pois se Silva perdoou naquele lance, não teve piedade sete minutos mais tarde, aos 30, quando desferiu um canhotaço, sem chances de defesa para Cech, abrindo a contagem em Londres: 0-1. Sofrido o gol, o Chelsea buscou pressionar a equipe espanhola, mas embora tenha ganho volume de jogo, não conseguiu transformá-lo em chances reais de empate. No intervalo, o placar seguia favorável ao surpreendente Valencia. Disposto a mudar o quadro, o Chelsea voltou vulcânico para o segundo tempo: a erupção veio aos 53 minutos, quando Drogba, de cabeça, reacendeu as esperanças londrinas, igualando a contagem em 1 gol. Nos minutos que se seguiram, viu-se um Chelsea buscando chegar à virada de todas as formas, diante de um Valencia inicialmente bem postado defensivamente, mas que aos poucos, deu sinais de que sucumbiria. Mesmo assim, a equipe espanhola conseguiu conter, heroicamente, o conjunto inglês, e o jogo terminou em 1-1. Um empate bastante festejado pelo time de Valencia, que agora tem uma pequena vantagem para o confronto de volta, na próxima semana, em seu estádio, o Mestalla.
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