terça-feira, 3 de abril de 2007

Tarde de Champions

Na tarde desta terça-feira, começaram a ser disputadas as primeiras partidas de ida das quartas-de-final da UEFA Champions League. Vamos a elas:

Milan (ITA) 2-2 Bayern München (ALE)

O Bayern vem se especializando em fazer jogaços - e clássicos - nessas fases eliminatórias da Champions. Desta vez, contra o poderoso Milan, em Milão, os alemães reafirmaram sua força e sua fome pelo título máximo continental. O Milan, de atuações pouco convincentes nessa Champions League, sempre soube o tamanho do desafio que teria pela frente: um Bayern de poucas ambições no Campeonato Alemão, mas de um futebol flamejante no cenário europeu. Mesmo assim, os italianos não se intimidaram e o início de jogo foi de pressão por parte da equipe da casa. Enquanto o Milan crescia, a estrela do goleiro Michael Rensing, substituto do suspenso Oliver Kahn, apareceu: Rensing salvou sua meta nos vários lances em seqüência surgidos nos ataques do Milan, proporcionando verdadeiros milagres. Quando o Bayern acordava e começava a equilibrar as ações da partida, acabou castigado: Pirlo, aproveitando um cruzamento no ataque "rossonero", encobriu Rensing com uma cabeçada e abriu o placar - eram 40 minutos de jogo. O jogo foi pro intervalo com o 1-0 favorável ao Milan. Na segunda etapa, os italianos seguiram melhor, diante de um Bayern que não conseguia criar chances. Diante da inoperância de sua equipe, o treinador dos bávaros viu-se forçado a modificar as coisas: aos 68 minutos de jogo, entraram Lell e Pizarro (nos lugares de Sagnol e Podolski, respectivamente). O time de Munique cresceu, começou a criar as chances que até então não haviam aparecido e chegou ao merecido empate aos 78 minutos, graças a Van Buyten, que aproveitou uma sobra dentro da área do Milan. Entretanto, aquilo foi apenas uma ilusão de resultado favorável para a aguerrida equipe alemã: logo na seqüência, aos 84 minutos, Kaká caiu na área após dividia com Lúcio e o árbitro assinalou uma penalidade máxima inexistente, em favor dos italianos. Pênalti que Kaká converteu magistralmente, deslocando o goleiro Rensing e fazendo um injusto 2-1. Um golpe cruel demais para o Bayern, que continuou indo à frente, sem sucesso nos minutos seguintes. Então, aos 90+3 minutos de jogo (nos acréscimos do segundo tempo, portanto), Van Buyten - de novo ele - recebe uma bola dentro da área, sem nenhum espaço para concluir. Era a última chance do jogo, e Van Buyten arriscou o chute: uma bola "que não poderia entrar e não tinha como entrar", acabou passando pelo único e mínimo espaço entre Dida e a trave. Gol! O Bayern chegava aos 2-2, quando restavam apenas segundos para o apito final do juiz. Empate que foi muito comemorado pelos jogadores do time bávaro, que podem agora empatar por 0 ou 1 gol em Munique, no jogo de volta, que mesmo assim passarão às semifinais.

PSV (HOL) 0-3 Liverpool (ING)

Um massacre. Como definir de outra forma uma vitória deste tamanho numa fase eliminatória de UEFA Champions League? Diante de um PSV Eindhoven em crise (levou 1-5 do Ajax, em casa, pelo Campeonato Holandês, há poucos dias), o Liverpool foi supremo e praticamente assegurou sua passagem às semifinais continentais logo na partida de ida. O jogo esteve equilibrado até a metade do primeiro tempo, com boas chances para ambos os lados. Mas as coisas não tardaram a pender para o lado do Liverpool: depois de algumas chances, onde Gomes brilhou, os "reds" chegaram ao primeiro gol aos 27 minutos, numa cabeçada de Gerrard. Com a vantagem no placar, o time inglês só se preocupou em administrar o resultado até o intervalo - e obteve sucesso, pois as equipes retornaram aos vestiários com o 0-1 sinalizado no placar do Philipsstadion de Eindhoven. Para o segundo tempo, o PSV tentou voltar mais atrevido, mas viu seus planos desmoronarem logo no reinício de partida: aos 49 minutos de tempo agregado, Riise aproveitou um erro da defesa holandesa para aumentar a vantagem: 0-2. A partir daí, o PSV sumiu em campo, e o Liverpool passou a ser soberano do jogo. Criando várias chances, o time inglês alcançou seu terceiro gol aos 63 minutos, através de uma cabeçada de Crouch. Controlando o jogo, e com uma vantagem confortável, o Liverpool apenas cuidou da manutenção do resultado. A partida terminou mesmo em 0-3. A exemplo do que fizera diante do Barcelona, o Liverpool consegue uma vantagem importantíssima no jogo de ida e, para o confronto da próxima semana, em Anfield, só não se classifica por milagre. O sonho de repetir 2005, desta vez levantando o sexto troféu europeu, está cada vez mais próximo.

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