Na tarde desta terça-feira, começaram a ser disputadas as primeiras partidas de ida das quartas-de-final da UEFA Champions League. Vamos a elas:
O Bayern vem se especializando em fazer jogaços - e clássicos - nessas fases eliminatórias da Champions. Desta vez, contra o poderoso Milan, em Milão, os alemães reafirmaram sua força e sua fome pelo título máximo continental. O Milan, de atuações pouco convincentes nessa Champions League, sempre soube o tamanho do desafio que teria pela frente: um Bayern de poucas ambições no Campeonato Alemão, mas de um futebol flamejante no cenário europeu. Mesmo assim, os italianos não se intimidaram e o início de jogo foi de pressão por parte da equipe da casa. Enquanto o Milan crescia, a estrela do goleiro Michael Rensing, substituto do suspenso Oliver Kahn, apareceu: Rensing salvou sua meta nos vários lances em seqüência surgidos nos ataques do Milan, proporcionando verdadeiros milagres. Quando o Bayern acordava e começava a equilibrar as ações da partida, acabou castigado: Pirlo, aproveitando um cruzamento no ataque "rossonero", encobriu Rensing com uma cabeçada e abriu o placar - eram 40 minutos de jogo. O jogo foi pro intervalo com o 1-0 favorável ao Milan. Na segunda etapa, os italianos seguiram melhor, diante de um Bayern que não conseguia criar chances. Diante da inoperância de sua equipe, o treinador dos bávaros viu-se forçado a modificar as coisas: aos 68 minutos de jogo, entraram Lell e Pizarro (nos lugares de Sagnol e Podolski, respectivamente). O time de Munique cresceu, começou a criar as chances que até então não haviam aparecido e chegou ao merecido empate aos 78 minutos, graças a Van Buyten, que aproveitou uma sobra dentro da área do Milan. Entretanto, aquilo foi apenas uma ilusão de resultado favorável para a aguerrida equipe alemã: logo na seqüência, aos 84 minutos, Kaká caiu na área após dividia com Lúcio e o árbitro assinalou uma penalidade máxima inexistente, em favor dos italianos. Pênalti que Kaká converteu magistralmente, deslocando o goleiro Rensing e fazendo um injusto 2-1. Um golpe cruel demais para o Bayern, que continuou indo à frente, sem sucesso nos minutos seguintes. Então, aos 90+3 minutos de jogo (nos acréscimos do segundo tempo, portanto), Van Buyten - de novo ele - recebe uma bola dentro da área, sem nenhum espaço para concluir. Era a última chance do jogo, e Van Buyten arriscou o chute: uma bola "que não poderia entrar e não tinha como entrar", acabou passando pelo único e mínimo espaço entre Dida e a trave. Gol! O Bayern chegava aos 2-2, quando restavam apenas segundos para o apito final do juiz. Empate que foi muito comemorado pelos jogadores do time bávaro, que podem agora empatar por 0 ou 1 gol em Munique, no jogo de volta, que mesmo assim passarão às semifinais.
Um massacre. Como definir de outra forma uma vitória deste tamanho numa fase eliminatória de UEFA Champions League? Diante de um PSV Eindhoven em crise (levou 1-5 do Ajax, em casa, pelo Campeonato Holandês, há poucos dias), o Liverpool foi supremo e praticamente assegurou sua passagem às semifinais continentais logo na partida de ida. O jogo esteve equilibrado até a metade do primeiro tempo, com boas chances para ambos os lados. Mas as coisas não tardaram a pender para o lado do Liverpool: depois de algumas chances, onde Gomes brilhou, os "reds" chegaram ao primeiro gol aos 27 minutos, numa cabeçada de Gerrard. Com a vantagem no placar, o time inglês só se preocupou em administrar o resultado até o intervalo - e obteve sucesso, pois as equipes retornaram aos vestiários com o 0-1 sinalizado no placar do Philipsstadion de Eindhoven. Para o segundo tempo, o PSV tentou voltar mais atrevido, mas viu seus planos desmoronarem logo no reinício de partida: aos 49 minutos de tempo agregado, Riise aproveitou um erro da defesa holandesa para aumentar a vantagem: 0-2. A partir daí, o PSV sumiu em campo, e o Liverpool passou a ser soberano do jogo. Criando várias chances, o time inglês alcançou seu terceiro gol aos 63 minutos, através de uma cabeçada de Crouch. Controlando o jogo, e com uma vantagem confortável, o Liverpool apenas cuidou da manutenção do resultado. A partida terminou mesmo em 0-3. A exemplo do que fizera diante do Barcelona, o Liverpool consegue uma vantagem importantíssima no jogo de ida e, para o confronto da próxima semana, em Anfield, só não se classifica por milagre. O sonho de repetir 2005, desta vez levantando o sexto troféu europeu, está cada vez mais próximo.
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