Abel Ribeiro não é mais o técnico do Internacional de Santa Maria. A derrota para a Ulbra foi a ultima partida dirigida por ele. Jorge Anadon foi contratado para o seu lugar e já iniciou perdendo: ontem caiu por 3-1 diante do São José, em Porto Alegre. A análise a seguir, porém, é do jogo em Canoas, acompanhado ao vivo pelo Futebesteirol:
CANOAS – Conferir ao vivo a confusão que Abel Ribeiro, o contestado ex-treinador do coloradinho, teima em chamar de time foi o programa do fim de semana. Deixar a exageradamente tranquila praia de Santa Terezinha rumo a desordenada cidade da Grande Porto Alegre não foi das tarefas mais simples. A freeway complicou o projeto de chegar ao jogo na hora marcada como os atacantes universitários preocupariam a zaga santamariense pouco tempo depois. Entramos no bonito e arborizado Complexo Esportivo da Ulbra com mais de trinta minutos do primeiro tempo: um terço da partida quedou-se na estrada. Ao subir a escadaria que dá acesso ao pavilhão da cancha, um ruído (não chegou a ser um barulho, eis a verdade) avisava: a Ulbra acabara de fazer 1-0. E para piorar, notamos que o Inter-SM atuava com dez jogadores, já que o beque Xavier havia sido expulso. O primeiro tempo só serviu para notar a presença de um gordo tristemente chato localizado perto das tribunas de imprensa: foi o cidadão mais corneteiro que já vi em alguns anos de futebol.
No intervalo, uma conversa rápida porém antológica, devido a raridade do ser, com um quase-torcedor do Sport Club Ulbra. Quase porque declarou-se gremista e acusou: "Depois dos quinze do segundo tempo, vou pra casa ver o Gre-Nal". Mas garantiu que frequenta o estádio desde a segundona gaúcha e já viu nomes como Diguinho, hoje enchendo os bolsos no futebol do eixo Rio-São Paulo, ficar fora do banco da Ulbra. Ele havia brigado com o técnico Armando Desessards, que atualmente se recupera do acidente com o ônibus do Brasil de Pelotas. Mesmo um clube sem torcida como a Ulbra garante um punhado de causos futebolísticos - bom para os microfones do Futebesteirol. Os quinze minutos de descanso serviram também para contar o imenso público presente. Do lado visitante, incríveis dois torcedores: eu e meu pai, um eterno seguidor do desporto levemente alternativo. Dos universitários, doze, entre eles o maldito gordo.
O Inter-SM voltou do intervalo com um esquema remendado e sem qualquer organização tática. Vainer, destacado lateral esquerdo, atuava pela direita. Marquinhos, o lateral direito, aventurava-se no meio. Mais tarde, Rudimar, atacante, adentrou onde Vainer corria e Alê Menezes, no auge do desespero, cobrava arremessos laterais defensivos. Os absurdos propostos por Abel Ribeiro somados à deficiência da defesa, que se portou como um flam, e a absoluta falta de atitude de grande parte dos jogadores transformaram a goleada em um resultado natural. E ela só não foi maior porque Goico – e só Goico - estava disposto a honrar o seu Inter.
Os outros dois gols do quadro local demonstraram a facilidade para chegar a meta colorada. Em mais quatro oportunidades, o arqueiro visitante salvou chances claras dos de Canoas ampliarem o placar. Foi de Goico a única demonstração de indignação com a derrota: em certo momento do segundo tempo em que o Inter-SM penava para ultrapassar o meio-campo, o arqueiro, que já marcou até gol de bicicleta com a gloriosa jaqueta vermelha, largou a pelota das mãos e iniciou uma destemida carrera pela banda direita até achar um atacante desmarcado. Com qualidade e, principalmente, com a bravura que os demais esqueceram sabe-se lá onde, Goico foi tudo o que o Internacional mostrou naquela tarde.
Enquanto Goico jogava por onze e cuidava da sua meta, Abel Ribeiro estampava o fracasso do time na cara. O treinador manteve-se alheio aos 3-0 e não esboçou qualquer orientação aos perdidos em campo que eram, por sinal, os seus jogadores. A inércia do treinador irritou tremendamente, mas é injusto colocar nas costas de Ribeiro toda a incompetência do Inter. O desinteresse de Alê Menezes, a falta de ritmo de jogo que ocultou o futebol do bom lateral Fabinho e uma defesa muito fraca comprometeram o seu trabalho – que, independentemente disso, não agradou a quase ninguém. Quase porque o presidente Carlos Rempel, que ocupava uma cabine acima de nós no estádio, insistia na sua manutenção – algo inviável depois da derrota. Rempel, aliás, depois de ver o seu Inter apanhar da Ulbra e perceber que o técnico que fez questão de manter estava totalmente desmoralizado, ainda teve de ouvir o gordo: "Esse é o time do presidente que mandou todo mundo embora para ficar com o treinador? Bah, meu presidente, que time bem ruim!".
No intervalo, uma conversa rápida porém antológica, devido a raridade do ser, com um quase-torcedor do Sport Club Ulbra. Quase porque declarou-se gremista e acusou: "Depois dos quinze do segundo tempo, vou pra casa ver o Gre-Nal". Mas garantiu que frequenta o estádio desde a segundona gaúcha e já viu nomes como Diguinho, hoje enchendo os bolsos no futebol do eixo Rio-São Paulo, ficar fora do banco da Ulbra. Ele havia brigado com o técnico Armando Desessards, que atualmente se recupera do acidente com o ônibus do Brasil de Pelotas. Mesmo um clube sem torcida como a Ulbra garante um punhado de causos futebolísticos - bom para os microfones do Futebesteirol. Os quinze minutos de descanso serviram também para contar o imenso público presente. Do lado visitante, incríveis dois torcedores: eu e meu pai, um eterno seguidor do desporto levemente alternativo. Dos universitários, doze, entre eles o maldito gordo.
O Inter-SM voltou do intervalo com um esquema remendado e sem qualquer organização tática. Vainer, destacado lateral esquerdo, atuava pela direita. Marquinhos, o lateral direito, aventurava-se no meio. Mais tarde, Rudimar, atacante, adentrou onde Vainer corria e Alê Menezes, no auge do desespero, cobrava arremessos laterais defensivos. Os absurdos propostos por Abel Ribeiro somados à deficiência da defesa, que se portou como um flam, e a absoluta falta de atitude de grande parte dos jogadores transformaram a goleada em um resultado natural. E ela só não foi maior porque Goico – e só Goico - estava disposto a honrar o seu Inter.
Os outros dois gols do quadro local demonstraram a facilidade para chegar a meta colorada. Em mais quatro oportunidades, o arqueiro visitante salvou chances claras dos de Canoas ampliarem o placar. Foi de Goico a única demonstração de indignação com a derrota: em certo momento do segundo tempo em que o Inter-SM penava para ultrapassar o meio-campo, o arqueiro, que já marcou até gol de bicicleta com a gloriosa jaqueta vermelha, largou a pelota das mãos e iniciou uma destemida carrera pela banda direita até achar um atacante desmarcado. Com qualidade e, principalmente, com a bravura que os demais esqueceram sabe-se lá onde, Goico foi tudo o que o Internacional mostrou naquela tarde.
Enquanto Goico jogava por onze e cuidava da sua meta, Abel Ribeiro estampava o fracasso do time na cara. O treinador manteve-se alheio aos 3-0 e não esboçou qualquer orientação aos perdidos em campo que eram, por sinal, os seus jogadores. A inércia do treinador irritou tremendamente, mas é injusto colocar nas costas de Ribeiro toda a incompetência do Inter. O desinteresse de Alê Menezes, a falta de ritmo de jogo que ocultou o futebol do bom lateral Fabinho e uma defesa muito fraca comprometeram o seu trabalho – que, independentemente disso, não agradou a quase ninguém. Quase porque o presidente Carlos Rempel, que ocupava uma cabine acima de nós no estádio, insistia na sua manutenção – algo inviável depois da derrota. Rempel, aliás, depois de ver o seu Inter apanhar da Ulbra e perceber que o técnico que fez questão de manter estava totalmente desmoralizado, ainda teve de ouvir o gordo: "Esse é o time do presidente que mandou todo mundo embora para ficar com o treinador? Bah, meu presidente, que time bem ruim!".
2 comentários:
fotas do Futebesteirol.
rempel teve sorte com a equipa de 2008. Sabemos que é mutio dificil contratar jogadores que realmente se conhece em clubes como o inter-sm. a maioria é indicação de empresários e outros jogadores.
Vamo, Vamo Interzito!
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