A última participação do Club Atlético Peñarol em uma edição da Copa Libertadores datava de fevereiro de 2005. Quase quatro anos separavam a insuficiente vitória diante da LDU da partida de ontem, em Medellín. E a história tristemente parece se repetir. Na última ocasião, o aurinegro viajou a Quito, também pela Pré-Libertadores, e voltou com um pesado 3-0 no lombo. A revanche, marcada para o Centenário, teve o placar de 4-1 para os locais, que só caíram em razão do maldito gol qualificado. Ontem, esperava-se um resultado menos pior para decidir com boas chances em Montevideo.
O Atanasio Girardot, estádio de nome pomposo que evoca recordações aos gremistas como o fiasco de 2003 e o título de 1995, nem estava lotado. Menos de vinte mil presentes acompanharam o Independiente na primeira partida da equipe na quinquagésima edição da Libertadores. Quando a pelota rolou, Jackson Martinez, um centroavante desgraçado, tratou de mostrar a superioridade técnica e física do quadro colombiano logo aos 15', momento em que acertou uma tremenda cabeçada, derrubando Cavallero. Três minutos depois, o mesmo Martinez girou dentro de uma área incompetentemente vigiada para alcançar o 2-0 que já assustava os sempre desconfiados uruguaios.
Desconfiados que não ousaram acreditar numa suposta remontada. São os anos dois mil, não os sessenta. Que acabe 2-0 e nos vemos em Montevideo com quatro tribunas lotadas. Mas os onze escalados pelo novo técnico Júlio Ribas, conhecido pela eficiência com que motiva um time, não resistiram ao toque de bola do Independiente, que aumentou para 3-0 quando Darío Rodriguez tentou afastar um cruzamento e para 4, quando Jackson Martinez fechou a conta e transformou-se no grande nome do início da Libertadores. A madrugada foi de pesadelos e fantamas para o Peñarol. O sonho de voltar a América passa por utópicos cinco gols. Mesmo em casa, lejanos...
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