
Um martírio, aquele jogo interminável. Mas a organização do campeonato não aceitava

E essa é a sina do Racing Club de France, nome original da equipe, até hoje. A final de 1902 é uma m

Outros troféus menores ingressariam nas vitrines do clube nos anos seguintes, até a paralisação provocada pela Primeira Guerra Mundial. O Racing desmobilizado encontrou uma Paris sob as ordens do Red Star, do Olympique e do Club Français quando os campeonatos foram retomados. Foram os ventos do profissionalismo que varreram a França no final da década de 1920 que ajudaram no refortalecimento do Racing – o mesmo profissionalismo que, com más administrações, resultaria na míngua atual do clube.
Mudanças nos anos 1930, despencar nos anos 1960
Na temporada 1929/30 o Racing chegou à sua primeira final da Copa da França, voltando a sucumbir em uma prorrogação, agora diante do Sète. A campanha prenuncia os bons resultados da sequência. Em 1932 ocorre a já citada unificação das ligas nacionais e a criação do Campeonato Francês profissional, com o Racing Club de France inscrevendo-se com o nome de Racing Club de Paris e adotando um pinguim como mascote. Dali em diante, por longos anos, o Racing forte do início do século foi revivido. Em 1936, o clube conquista um doublé, com os títulos do Campeonato e da Copa da França. Mais títulos da Copa viriam em 1939, 1940, 1945 e 1949 (com um vice em 1950).
O clube mantém importantes resultados no campeonato, porém as boas equipes não são capazes de se aproximar do título por duas décadas. Em 1961 o Racing volta a brigar pel

A falta do título ajudou a antecipar a queda do time. Em dificuldades financeiras, sem conseguir atrair jogadores jovens, o Racing mantém uma base com média de quase trinta anos e, ainda que continue com o seu ataque forte, tem agora uma defesa peneirada. Além de tudo o time perde Roger Marche, zagueiro histórico que se aposentou depois da frustração de 1962, encerrando oito temporadas trajando a camisa alviceleste. A decadência é esboçada com o 10º lugar em 1962/63, e se confirma em 1963/64: na mesma temporada em que o Racing faz a sua única participação internacional, jogando a Copa das Feiras (antecessora da Copa da UEFA), em que é eliminado pelo Rapid de Viena na estreia, ele fica em antepenúltimo lugar e é rebaixado à segunda divisão nacional. Desesperado, o clube tenta uma fusão absurda com o Sedan, com sede a 250 km de Paris e que jogava na elite, mas o acordo é desfeito em 1967, deixando o Racing quebrado e obrigado a disputar campeonatos amadores durante os quinze anos seguintes.
Retomada, o delírio Matra e o fim


O problema das metas é realizá-las, e o empresário deve ter percebido isso quando o clube, sonhador, subiu à primeira divisão para a temporada 1984/85 e foi chutado de volta para o nível inferior como lanterna. Dois anos depois, o novo

Se os indícios eram interessantes, os resultados de campo seguiam maldizendo o Racing. Em 1987, um mísero 13º lugar no campeonato. Em 1988, uma 7ª posição que não levava a lugar algum. Em 1989, o Racing termina no 17º lugar, empatado em pontos com o rebaixado Strasbourg, salvando-se pelo saldo de gols. Não alcançando o objetivo de tornar o clube grande novamente até o fim da década e cansados de gastar dinheiro, Legardère e sua Matra abandonam o barco ao final da temporada. Deixam como herança, mais uma vez, um Racing falido. Os jogadores também debandam. O clube arruinado ainda disputa uma improvável final de Copa da França em 1990, depois de 40 anos sem aparecer nela, mas é um devaneio num ano outra vez péssimo. O decepcionante vice-campeonato diante do Montpellier na decisão foi fichinha frente ao que o campeonato trouxe: 19º lugar e rebaixamento à segunda divisão. Mais: sem condições financeiras para manter o profissionalismo, o Racing opta por descender direto à terceira divisão, amadora, a partir da temporada 1990/91.
E lá segue até hoje. Lá, entenda-se, no amadorismo, não na terceira divisão – porque o Racing anda tão

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