Aparentemente cometendo falta no seu marcador, William Magrão anotou 1-0 para o Grêmio aos 17 minutos do jogo contra o Vitória, ontem. Da abertura do placar em diante, o duelo equilibrado virou baiano. Mesmo pressionados pelos mais de 37 mil tricolores presentes, os visitantes conseguiram o domínio do meio de campo, amarraram as laterais gremistas e monopolizaram o controle da bola. Até o fim do primeiro tempo, com o ápice sendo o milagre do estupendo goleiro Victor em desvio de cabeça num escanteio aos 44 minutos, o Grêmio foi aterrorizado pelos oponentes – e não mais chutou a gol.
Não no tempo regulamentar. Nos acréscimos, Perea ganhou a bola do arqueiro Viáfara, que saíra mal da área rubro-negra, e mandou um chute fraco para a meta aberta. Um daqueles lances de tortura para a torcida. Vai ser gol, não vai, vai, não vai. Ia. A história mudou a centímetros da linha fatal: Marco Antônio conseguiu acertar um carrinho que fez o esférico bater na trave. Fez justiça. Dada a sua pouca ação, o Grêmio não merecia dobrar a vantagem no primeiro tempo.
A partida que fez alguns comentaristas dizerem que os gaúchos poderiam ter goleado ocorreu toda no segundo tempo. Novamente o vestiário fez bem ao Grêmio. O Vitória pouco ameaçou nos quarenta e cinco minutos finais e a vida do embate só foi mantida porque aquele lance de Perea, no fim da etapa inicial, se mostrou um prelúdio da falta de vontade da bola entrar no arco soteropolitano. O tricolor esbarrou em Viáfara e na incapacidade dos seus atacantes.
Precisaram sair os dois ofensivos, Perea e Marcel, e entrar Reinaldo, o reserva, para a pelota ser obrigada a mudar de idéia. Isso aos 88 minutos, recebendo lançamento do estreante Souza, cortando a marcação e batendo forte para estufar as redes. Dois a zero e a redonda ainda foi manhosa para evitar números maiores, indo na trave no tiro de Réver, aos 90. Seria apenas uma vibração extra na tarde. Interessavam os três pontos que mantiveram, por mais outra jornada, o Grêmio no topo da classificação. Uma liderança conquistada e sustentada, em boa parte, pelo poder do time nos segundos tempos, tão evidente nesse domingo: dos 30 gols gremistas na Série A, 19 foram na metade final das partidas.
Um comentário:
Muito bom o seu blog. As análises são precisas e interessantes. Os especiais não caem nos clichês montados pelas TV. Sucesso a a equipe do Futebesteirol
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