“Chega na semana que vem”, diziam algumas rádios gaúchas sobre o uruguaio Sergio Órteman, possível contratação do Grêmio – em 2003 e 2004. Melhor jogador do Olimpia do Paraguai campeão da Libertadores em 2002 após eliminar o próprio tricolor numas polêmicas e traumáticas semifinais, o centrocampista era um sonho de consumo, sempre tentado.
Pela época daquelas especulações, vivia-se a pior fase da mais terrível era da história gremista, nos planos econômico e esportivo. Salários atrasados, plantéis raquíticos e derrotas, derrotas, derrotas. O Grêmio encerrou 2003 um ponto acima da zona de descenso e terminou 2004 rebaixado como lanterna. Naquele cenário, era loucura acreditar nas notícias que apontavam a proximidade do acerto com Órteman.
O uruguaio, obviamente, nunca veio ao Olímpico. Passou pelo Independiente argentino, pelo Atlas mexicano, pelo Boca Juniors, pelo futebol turco e espanhol. Enquanto essa peregrinação se desenrolou, o Grêmio também teve períodos de mudança, reerguendo-se: iniciou 2005 com menos de dez jogadores no elenco e na Série B, chegou em 2007 como vice-campeão da América.
Voltou a competência na administração, voltaram os resultados, voltou a possibilidade de fazer contratações de renome. Neste sábado, inesperadamente e com um atraso de meia década, aquela ladainha mentirosa dita outrora por certas emissoras voltou a ser ouvida, agora com confirmações da direção: o tricolor acertou com Sergio Órteman. Chega na semana que vem.
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