
Antes das quatro da tarde comentam que “chove forte em Porto Alegre, vai ser um jogo daqueles”.
Um jogo daqueles, sob chuva, entende-se: não é um jogo de bola no chão ou técnica como se esperava. Mudaram também outras coisas. O dilúvio dominical da capital gaúcha afastou a parte da torcida que é feita de açúcar, e a lotação completa deu lugar a um público decente de 36 mil espectadores. Em campo, poças que nem o bom sistema de drenagem do Olímpico pôde evitar. Bolas parando n’água, escorregões, de tudo. A chuva impossibilitou boa parte do imaginado.
Ditas condições, num jogo de forças mais ou menos iguais, costumam prejudicar o time local, obrigado a sair ao ataque. Prejudicaram o Grêmio e, ademais, pesou o azar de acertar duas bolas na trave ainda na primeira etapa. Na segunda, o Palmeiras chegou ao gol num pênalti obtido após erro de Thiego, e o tempo, sob o mau tempo, ficou escasso para os porto alegrenses. O empate surgiu rapidamente, pelos pés de Pico, num raro lance em que Marcos, de brilhante e reafirmativa atuação, esteve batido, mas depois da igualdade não houve remontada para honrar os esforços.
Graças à vitória por 0-0 do Botafogo contra o Flamengo e aos 2-1 sofridos pelo Vitória diante do Atlético Mineiro, a liderança do Grêmio não foi afogada pelo temporal de ontem. De qualquer forma, isso seria secundário. Estar ou não no primeiro lugar por esse momento é irrelevante para ser campeão lá no fim. O lamento necessário é por, em casa, não conseguir derrotar um adversário direto. Ninguém avisou que o Brasileirão, além de algumas jornadas com ausência de futebol, teria também rodadas de pólo aquático...

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